Últimas sessões de “Let´s Play That ou Vamos Brincar Daquilo”, com Tuca Andrada, no CCBB

Neste que marca o retorno de Tuca Andrada ao teatro e à direção, apresenta uma leitura autoral sobre o poeta, escritor e jornalista piauiense Torquato Neto (1944-1972). Um dos mais importantes pensadores, artistas e provocadores da cultura brasileira nos anos 60/70, conhecido por ser um dos principais nomes do Tropicalismo.

Let´s Play That ou Vamos Brincar Daquilo cumpre temporada na Galeria 4 do Centro Cultural Banco do Brasil Brasília até 15 de dezembro. Com ingressos a R$ 15 (meia entrada), com apresentações de quinta a sábado, às 19h30, e domingo, às 18h30.

Sem quarta parede, cuja encenação se desenvolve numa arena onde o público está dentro da ação, ao longo de 80 minutos o ator costura a dramaturgia fragmentada com canções de autoria de Torquato. Responsável por composições como Louvação e Geleia Geral, com Gilberto Gil; Mamãe Coragem e Nenhuma Dor, com Caetano Veloso; Let’s Play That, com Jards Macalé, e interpretadas em cena pelo ator na companhia dos músicos Caio Cesar Sitônio, que assina a direção musical, e Pierre Leite.

O texto de Let´s Play That ou Vamos Brincar Daquilo não se prende às amarras de uma narrativa biográfica tradicional, distante do desejo de solucionar o mistério que tangencia o imaginário sobre a história de um artista inclassificável / não enquadrável, mas em se atar às possibilidades que a liberdade da personagem evoca.

            Em paralelo à temporada no CCBB, Tuca foi convidado para um bate-papo com alunos da Universidade de Brasília, onde conversou sobre Torquato Neto, o Movimento Tropicalista e as duras décadas de 1960 e 1970. O próximo encontro será dia 16 de dezembro na Biblioteca Demonstrativa. Com entrada franca, o bate-papo tem início às 19h. A BDB fica na 506/507, da Asa Sul no Plano Piloto.

Tuca Andrada

Ator, cantor, diretor e produtor, que em 11 de dezembro completa 60 anos de idade, Tuca profissionalizou-se no Recife, sua cidade natal. Com 21 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro onde consolidou sua carreira como artista. Ao longo de seus quase 40 anos dedicados à dramaturgia, já atuou em mais de 30 produções teatrais, integrou o elenco de mais de 20 filmes e estrelou em mais de 20 novelas, séries e minisséries.

Logo nos primeiros anos de carreira, conquistou prêmios importantes. O primeiro veio em 1991 como ator revelação na novela “O Dono do Mundo”, concedido pelo SATED/RJ. Em 1995, ganhou como melhor ator, pelo trabalho na peça “Rocky Horror Show”, o Prêmio Cultura Inglesa de Teatro. No ano seguinte, em 1996, sua interpretação no cinema, em “Quem Matou Pixote?”, lhe rendeu o de melhor ator coadjuvante no Festival de Cinema de Cartagena, na Colômbia.

Tuca exerce a maior parte de sua carreira de forma independente, com passagens marcantes pelas grandes emissoras do país. Sendo a Globo, onde trabalhou por projeto e ganhou reconhecimento nacional, e Record, onde assinou contrato de quatro anos. Sem referências na família, seu desejo de se tornar artista partiu de um desejo íntimo e foi da observação e do contato com Amir Haddad, Antônio Abujamra, Rubens Correa, Bibi Ferreira e Ariano Suassuna que encontrou referências e a inspiração, que o levou a se tornar uma personalidade da dramaturgia nacional.

Em cartaz pelo Brasil com seu mais recente projeto para teatro: Let´s Play That ou Vamos Brincar Daquilo, Tuca encarou o desafio de levar aos palcos vida e obra de um dos seminais da Tropicália, o poeta, escritor e jornalista piauiense Torquato Neto. Espetáculo que faz temporada no Centro Cultural Banco do Brasil Brasília até 15 de dezembro. A peça estreou no Recife e já foi apresentada em Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro.

Antes de conseguir o patrocínio do CCBB, o que fez com que a peça chegasse a Belo Horizonte e ao Rio de Janeiro, Tuca recorreu a um financiamento colaborativo, uma vez que todos os custos de produção estavam saindo do seu bolso. A iniciativa provocou uma série de mensagens em suas redes, muitas com Fake News, o que, para ele, foi a oportunidade de refutá-las de forma bem humorada e informar seus seguidores sobre custos de produção e como as leis de incentivo à cultura funcionam no Brasil.

O contato com a obra de Torquato Neto se deu em 2004, a partir da leitura da obra “Torquatália”, uma antologia do Torquato Neto por Paulo Roberto Pires. Mesmo ano em que estava em cartaz com o espetáculo: “Orlando Silva, o Cantor das Multidões”, que em seguida virou um show com direção de Inez Viana e Marcelo Alonso Neves

Nos 20 anos de pesquisa e maturação para criação da peça sobre Torquato, se alimentou da leitura de poemas, parcerias musicais, trabalhos jornalísticos, roteiros, correspondências e de um diário escrito de dentro de um hospital psiquiátrico. O que resultou em uma obra híbrida que transita entre a poesia, o show, uma aula espetáculo e um debate. Para colaborar na montagem, Tuca convidou sua amiga de adolescência Maria Paula Costa Rêgo, fundadora do Grupo Grial de Dança com Ariano Suassuna.

Destaque da carreira:

No Teatro, fez: “O Mercador de Veneza”; “Salomé”; “Qualquer Gato Vira-Lata tem uma Vida Sexual mais Sadia que a Nossa”; “O Beijo da Mulher Aranha”; “Veneza”; “Orlando Silva, o Cantor das Multidões”; “O Rei e Eu”; “Seis Aulas de Dança em Seis Semanas”; “Elis, A Musical”; e “A Visita da Velha Senhora”. Na Televisão, atuou nas novelas: “Anos Rebeldes”; “Fera Ferida”; “As Pupilas do Senhor Reitor”; “O Amor está no Ar”; “Era Uma Vez” “Suave Veneno”; “As Filhas da Mãe”; “Os Mutantes – Caminhos do Coração”; “Cordel Encantado”; “Dercy, de Cabo a Rabo”; e “Amor de Mãe”. No cinema, fez parte do elenco dos filmes: “Doces Poderes”; “Guerra de Canudos”; “Não me condenes antes que me explique”; “Lara”; e “Mulheres do Brasil”.

Ficha técnica:

Criação: Tuca Andrada, a partir da obra e vida de Torquato Neto | Direção: Tuca Andrada e Maria Paula Costa Rêgo | Atuação: Tuca Andrada | Direção de movimento: Maria Paula Costa Rêgo | Direção musical: Caio Cezar Sitonio | Criação de luz: Caetano Vilela | Cenário e figurino: Tuca Andrada e Maria Paula Costa Rêgo | Parangolé: Izabel Carvalho | Músicos: Caio Cezar Sitonio e Pierre Leite | Fotografia: Ashlley Melo | Produção executiva: Tuca Andrada e Adriana Teles | Projeto gráfico: Humberto Costa | Realização: Iluminata Produções Artísticas

Serviço:

Let´s Play That ou Vamos Brincar Daquilo

Local: Galeria 4 do Centro Cultural Banco do Brasil Brasília

Endereço: SCES Trecho 02 Lote 22 – Edif. Presidente Tancredo Neves – Setor de Clubes Especial Sul

Temporada: até 15 de dezembro de 2024

Dias e horários: quinta a sábado, às 19h30, e domingo, às 18h30

Ingresso: R$ 30 (inteira), e R$ 15 (meia para estudantes, professores, profissionais da saúde, pessoa com deficiência e acompanhante, quando indispensável para locomoção, adultos maiores de 60 anos e clientes Ourocard), à venda no site www.bb.com.br/cultura e na bilheteria física do CCBB Brasília

Capacidade da Galeria: 100 lugares (com espaços para cadeirantes)

Duração: 80 minutos

Classificação: não recomendado para menores de 16 anos

Informações: fone: (61) 3108-7600 | e-mail: ccbbdf@bb.com.br | site/ bb.com.br/cultura | Instagram/ @ccbbbrasilia | Tiktok/@ccbbcultura  | YouTube/ Bancodobrasil

Assessoria de imprensa: Rodrigo Machado, Território Comunicação; rodrigomachado@territoriocomunicacao.com; Tel.: (61) 98654.2569

Assessoria de imprensa do CCBB Brasília: Patrícia Gomes Serfaty; patriciaserfaty@bb.com.br; Tel.: (61) 3108 7600 / (61) 99557.0703