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Últimas apresentações de Leão Rosário, por Adyr Assumpção, no CCBB Brasília



A trama, trazida para a ancestralidade africana e ambientada na costa Atlântica de uma África atemporal, conta a história de um velho rei que, ao abdicar e dividir seu vasto reino entre as filhas, toma uma decisão insensata que leva a consequências trágicas. “Rei Lear” reflete, entre outros aspectos, sobre o envelhecimento. Ao ser associada à personalidade de Bispo do Rosário, a peça propõe uma reflexão sobre as questões dos mais velhos na nossa sociedade, a nossa memória africana, as heranças simbólicas e os limites da sanidade.

 

O trabalho comemora os 50 anos de carreira do ator, diretor, escritor, roteirista e produtor Adyr Assumpção. E, para dirigi-lo, foi convidado Eduardo Moreira, fundador do Grupo Galpão. “O encontro com Adyr a partir de sua adaptação de Shakespeare foi um presente e um chamado, uma espécie de dádiva que o teatro nos dá e que nos permite mergulhar num universo tão profundo”, comenta o diretor. A peça fica em temporada no CCBB Brasília até 8 de dezembro.

 

Premiado: Este mês, o espetáculo recebeu o Prêmio Leda Maria Martins 2024 - Cena em Sombras, concedido pela Universidade Federal de Minas Gerais, na Categoria: Conjunto da Obra, por seu cenário, figurino, adereços e iluminação.

 

 

A trama do espetáculo

 

Em uma África atemporal, o velho rei, Leão Rosário, desejoso de se retirar de suas obrigações, decide repartir seu vasto império entre suas três filhas. As mais velhas, Makeda e Akosua, com adulações, dizem que o amam acima de tudo. Agotimé, a mais nova, surpreende afirmando que seu amor por ele é do tamanho de seu dever. O Rei se enfurece com a resposta, deserda Agotimé, que parte e se casa com o Rei das Florestas. Leão Rosário divide o reino entre as duas outras filhas, com a condição de morar, em ciclos mensais, com cada uma das duas. Ao contrário do que pensava Rosário, Makeda trama para obter o poder total e, junto com Akosua, acaba por abandoná-lo à própria sorte.

 

 

Sobre Adyr Assumpção

 

Referência das artes cênicas produzidas em Minas Gerais, Adyr Assumpção (66 anos), alcança 50 anos de carreira - de uma trajetória intensa - com participação em mais de uma centena de produções como ator, diretor, escritor, roteirista e produtor dentro e fora de seu Estado, e no exterior.

 

No campo da literatura, sua elogiada obra “Caminhos da África” hoje faz parte do material didático das redes de ensino pública e privada do Estado de São Paulo. Na carreira de Adyr também estão participações no cinema e na televisão.

 

Natural de Belo Horizonte e nascido em 31 de maio de 1958, Adyr Assumpção é graduado em Artes Cênicas pela UFMG e Mestre em Artes pela UNICAMP. Atualmente, reside em Brumadinho, região castigada por um dos crimes ambientais mais graves na história brasileira, onde se dedica à cultura e à militância ambiental.

 

Subiu aos palcos pela primeira vez em 1974, quando interpretou a personagem Puck, um elfo brincalhão e travesso criado por William Shakespeare para "Sonho de uma Noite de Verão". E em seu mais recente projeto assina direção e adaptação do texto “Sortilégio: Mistério Negro”, de autoria de Abdias Nascimento, apresentado em 2023 no Museu Inhotim pelo projeto: “Abdias Nascimento e o Museu de Arte Negra”. O referido espetáculo, que debate questões raciais, de gênero e aborto, foi censurado em São Paulo, no ano de 1953, e encenado uma única vez, em 1957, no Rio de Janeiro.

 

São destaques em sua carreira como artista ativista das causas do povo preto, a curadoria e direção artística do Festival de Arte Negra, de Belo Horizonte, e a criação do Grupo de Teatro Kuzala. Atuações que se somam à direção do “Quilombo de Bach” para o Projeto !PULSA! Movimento Arte Insurgente, de 2023, à direção artística do Projeto Pixinguinha, da Funarte, e à participação no Bando de Teatro Olodum.

 

Atualmente, pode ser visto no filme “O Silêncio das Ostras”, com direção de Marcos Pimentel, que estreou em outubro deste ano no Festival do Rio. E no espetáculo Leão Rosário, montagem que celebra os 50 anos de carreira do artista. A peça, uma adaptação de Rei Lear de Shakespeare trazida para a ancestralidade africana com concepção, atuação e dramaturgia de Adyr Assumpção e direção de Eduardo Moreira, cumpre temporada no Centro Cultural Banco do Brasil Brasília de 14 de novembro a 8 de dezembro.

 

Adyr Assumpção teve a oportunidade de conviver com Arthur Bispo do Rosário durante os anos 80, período em que fez parte do coro do Teatro Oficina, de Zé Celso Martinez Corrêa, na época de sua reabertura com o retorno de Zé do exílio. Em razão dos tempos de censura feroz imposta pela ditadura civil-militar-empresarial, que marcou a segunda parte do século XX no Brasil de forma vergonhosa. Em Brasília, Adyr já esteve diversas vezes, como para as temporadas de “Viva Olegário” no Teatro Galpão, antigo Espaço Cultural Renato Russo, e do rito-espetáculo “Taturema: 16”, o qual fez uma longa temporada no Teatro Martins Pena.

 

Serviço:

Espetáculo: Leão Rosário

Concepção, dramaturgia e atuação: Adyr Assumpção

Local: Teatro do Centro Cultural Banco do Brasil Brasília

Endereço: Centro Cultural Banco do Brasil - SCES Trecho 02 - Brasília/DF

Temporada: até 8 de dezembro de 2024

Horários: quinta, sexta, sábado, às 20h, e domingo, às 18h

Acessibilidade: a sessão de domingo (8), contará com audiodescrição e interpretação em Libras

Ingresso: R$ 30 (inteira), e R$ 15 (meia para estudantes, professores, profissionais da saúde, pessoa com deficiência e acompanhante, quando indispensável para locomoção, adultos maiores de 60 anos e clientes Ourocard), à venda no site www.bb.com.br/cultura e na bilheteria física do CCBB Brasília

Capacidade do teatro: 327 lugares (sendo 7 espaços para cadeirantes e 3 assentos para pessoas obesas)

Para democratizar o acesso: escolas e organizações sociais podem garantir suas vagas para assistir ao espetáculo. Para participar, os grupos interessados devem fazer o agendamento gratuito acessando a plataforma Conecta: https://conecta.mediato.art.br/evento/leão-rosário.

Duração: 60 minutos

Classificação indicativa: não recomendado para menores de 12 anos

Informações: fone: (61) 3108-7600 | e-mail: ccbbdf@bb.com.br | site/ bb.com.br/cultura | Instagram/ @ccbbbrasilia | Tiktok/@ccbbcultura  | YouTube/ Bancodobrasil

 

Assessoria de imprensa do projeto: Rodrigo Machado, Território Comunicação; rodrigomachado@territoriocomunicacao.com; Tel.: (61) 98654.2569

 

Assessoria de imprensa do CCBB Brasília: Patrícia Gomes Serfaty; patriciaserfaty@bb.com.br; Tel.: (61) 3108 7600 / (61) 99557.0703


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