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Tecnologias sociais resolutivas marcam o penúltimo dia da Semana Nacional de Tecnologia Social, em Brasília

O terceiro e penúltimo dia da Semana Nacional de Tecnologia Social foi marcado pela apresentação de tecnologias sociais vencedoras das edições anteriores do Prêmio Fundação BB de Tecnologia Social. Nessa quarta-feira (20), o evento reuniu personalidades e a rodada de conversas foi aberta pela ex-ministra do Esporte e fundadora do Instituto Esporte e Educação, Ana Moser, que ressaltou a importância do projeto como tecnologia social. 

“Muito além de uma medalha olímpica, o esporte precisa ser visto como ferramenta, com foco na educação e saúde e não apenas em competições”, destacou.Em seguida, a primeira mesa do dia debateu a Tecnologia Social e a Economia Solidária como ferramentas para a promoção da inclusão social e do desenvolvimento sustentável, e contou com a presença de representantes de tecnologias sociais importantes, como a Roselaine Silveira, integrante da Justa Trama, marca de roupas feita exclusivamente com algodão agroecológico e sustentável. “Trabalhamos com peças diversas, tudo pensado no coletivo. Nossa renda gira em torno de pessoas e não de dinheiro, de capital”, disse. 

O secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Rodrigo Rollemberg, também ressaltou a importância do coletivo no que diz respeito às tecnologias sociais e a economia solidária. “Gosto de uma frase que diz que quanto mais abelha, mais mel. É exatamente isso. Quanto mais pessoas em prol das tecnologias, ações e comunidades, mais evolução, mais autonomia.” 

A segunda mesa do dia reuniu um coletivo de mulheres, no debate sobre o olhar da diversidade na construção de tecnologias sociais voltadas para os direitos humanos. Durante o debate, os integrantes apresentaram políticas públicas e discutiram a importância de pensar os indivíduos e as comunidades em suas particularidades, como gênero, neurodivergências, raça, geração, entre outros pontos. 

"A diversidade é parte da solução, ela não é o problema. É preciso entender por que ela incomoda tanto, principalmente porque não existe economia sem pessoas", apontou Ruth Venceremos, integrante do Coletivo LGBT do MST, cofundadora e diretora do Distrito Drag. “Não dá para tratar o ser humano de forma genérica. É preciso avaliar as pessoas como são, além da realidade que estão inseridas, entender quem são”, completou. 

As políticas voltadas ao fomento das tecnologias sociais também foi um tema debatido entre os participantes. Exemplos ricos que transformaram realidades foram compartilhados. Premiada pela Fundação Banco do Brasil em 2007, a Tecnologia Social Silagem de Colostro, por exemplo, tem gerado trabalho e renda a milhares de produtores de leite em todo o país. 

“A tecnologia social fez mudar uma lei de 65 anos no Brasil! Era proibido o uso de colostro. E, através da visibilidade do prêmio, hoje temos indústrias de colostro para uso humano. É um produto de altor valor proteico”, afirmou a professora e pesquisadora da Emater do Rio Grande do Sul, Mara Helena Saalfeld. “A Fundação Banco do Brasil tem a capacidade de enxergar luxo onde existe lixo. Enxergar tecnologias que podem ser reaplicadas, como enxergou que uma garrafa pet e o colostro que iam para o lixo”, acrescentou. 

As tecnologias sociais de acesso à água também foram destaque no palco da Semana Nacional de Tecnologia Social. O objetivo delas é promover o acesso à água para o consumo humano e animal, e para a produção de alimentos no semiárido brasileiro e agora também na região amazônica. 

“Para a gente, as tecnologias sociais de acesso à água são soluções simples, de baixo custo e adaptadas ao contexto da população”, disse a diretora de Promoção da Inclusão Produtiva Rural e Acesso à Água do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Camile Marques Sahb. 

Para o presidente da Fundação BB, Kleytton Moraes, a Semana Nacional de Tecnologia Social permitiu expor para a sociedade as soluções trazidas pelas tecnologias sociais e incentivou o aperfeiçoamento para o próximo evento. 

“A gente vai construindo, revisando para as próximas semanas de Tecnologia Social. Este foi um capítulo fundamental. A gente pôde convergir sobre os diagnósticos diferentes, sobre as proposições dos olhares mais variados, que a gente pode pensar na implantação das tecnologias sociais.” 

Quer conhecer todas as tecnologias sociais certificadas pela Fundação BB e reaplicadas em todo o país? Acesse o Link

Cerimônia de premiação

Segundo a organização, foram registrados 9.286 votos populares pela internet na 12ª Edição do Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social. Na noite desta sexta-feira (21) serão apresentadas as 20 finalistas, que vão receber R$50 mil cada e conhecidas as 10 iniciativas vencedoras que receberão até R$500 mil cada uma para reaplicação de Tecnologias Sociais em Projetos Sociais. 

O evento, com entrada gratuita, será realizado no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, na Capital Federal e terá início às 19h. Após a cerimônia, o cantor, compositor e músico Chico César vai subir ao palco com canções conhecidas e aclamadas pelo público como “Mama África”, “À primeira vista” e “Deus me proteja”. 

Sobre o Prêmio

O Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social é considerado um dos principais reconhecimentos do terceiro setor no país. Ao todo, para esta edição, foram inscritas 1.012 iniciativas provenientes de todas as unidades da federação e do Distrito Federal. Este foi o segundo maior número de inscrições desde a instituição do prêmio. Neste ano, destaca-se a participação dos estados de São Paulo, com 189 inscrições, e do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, com 99 cada, e de dois estados que não participaram da última edição: Mato Grosso do Sul e Acre, com 13 e 2 inscrições, respectivamente. 

Sobre a Fundação Banco do Brasil

Há quase quatro décadas, em 1985, o Banco do Brasil instituiu sua Fundação para contribuir com a transformação social dos brasileiros e com o desenvolvimento sustentável do país. É a principal instituição gestora dos projetos socioambientais apoiados por meio do Investimento Social Privado - ISP do BB e de parceiros. Nos últimos 10 anos, foram investidos R$2,6 bilhões em 10 mil iniciativas que impactaram positivamente a vida de 6,6 milhões de pessoas. Os eixos de atuação são: Tecnologia Social (eixo transversal), Educação para o Futuro, Meio ambiente e Renda, Saúde e Bem-estar, Ajuda Humanitária e Voluntariado.


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