Seis autoras e um livro necessário, sobretudo, para as mulheres
Livro necessário para os dias atuais e que serve de farol para todas as gerações, sobretudo, de mulheres, Florescer na Palavra será lançado nesta quinta-feira, dia 12 de dezembro, na Casa Thomas Jefferson da 706/906 Sul, a partir das 19 horas. A obra foi feita a 12 mãos e é resultado da intensa convivência de seis mulheres, escritoras que já haviam feito publicações autorais individuais, mas que pela força e o prazer da convivência produziram contos, poemas e crônicas que decidiram lançar em conjunto. No livro que as autoras colocam à disposição do público estão levezas e reflexões fundamentais em um momento quando a sociedade passa a discutir temas como envelhecimento, idadismo, maturidade, conhecimento acumulado e a liberdade de ser e existir em plenitude.
As experiências das Maduhs, como elas se definem, as fizeram vestir uma nova pele de sensibilidade literária e assumir uma voz coletiva. Nos 70 textos selecionados foi necessário estabelecer critérios para a organização de uma obra coletiva. A solução foi agrupá-los em temáticas que foram brotando em animados encontros realizados ao ar livre, à volta de uma mesa, diante de uma natureza exuberante, ao som do canto dos pássaros. No primeiro tema, Quem são as Maduhs, as seis mulheres se apresentam entre si livremente, com base no reconhecimento de características pessoais e da persona escritora de cada uma. Em Nosso Voo Poético elas apresentam pinceladas da convivência e da caminhada conjunta que as lançou em “ousado voo literário”. Pelos olhos do Poeta abriga textos que homenageiam o mestre Marco Antunes, professor do Núcleo de Literatura da Câmara dos Deputados, onde nos conhecemos e nos descobrimos escritoras.
No quarto tema, Nenhum vírus é tão forte quanto a poesia, elas reuniram escritos “paridos” nas entranhas das experiências pandêmicas, reconhecendo que a escrita triunfou sobre o vírus, até mesmo sobre a morte. Em Dentro de casa, dentro da gente elas abordam a casa que habitam as próprias “interioridades”. Os escritos que compõem Jardim da Memória evocam experiências afetivas e vivências de tempos antigos, que ainda florescem na memória das autoras. O lirismo da poesia, o imaginário do conto e a reflexão da crônica estão presentes nas criações de A voz fértil da vida, que abriga questões psicológicas, sociais e espirituais. Em Eu não mato flores as autoras reverenciam a natureza, em poemas e crônicas que fotografam a face da beleza no entardecer da existência. Florescer na Palavra é uma obra coletiva que, assim como conduziu as autoras, conduzirá leitoras e leitores pela delicadeza e força da palavra, que a todos desperta como um fiozinho mágico que religa todos a tudo.
As Maduhs
Adelaide Ribeiro Jordão é mineira de Belo Horizonte e mora em Brasília desde 1962. Professora aposentada da Secretaria de Estado da Educação do Distrito Federal, ela é graduada em Biblioteconomia e Arquitetura e Urbanismo. Trabalhou no extinto Instituto Nacional do Livro e publicou seu a primeira obra autoral - Além do olhar: poesias vividas- em 2020.
Alexandra Rodrigues nasceu em Lisboa e vive em Brasília desde 1985. É psicóloga, professora e escritora. Fez mestrado e doutorado em Psicologia na Universidade de Brasília, onde trabalhou como docente. Desenvolveu a escrita no Núcleo de Literatura da Câmara dos Deputados, com o professor Marco Antunes. Publicou O Nome das Coisas (prosa poética) em 2004, Minha avó botou um ovo (crônicas) em 2007 e Fragmentos d’escola (poesia) em 2022, além de poemas, crônicas e contos em antologias. É coorganizadora e coautora da obra Nas asas de Brasília: memórias de uma utopia educativa (2011).
Eneida Coaracy é professora, contista, cronista e poeta. Nascida em Fortaleza, Eneida vive em Brasília desde 1961, onde cursou Letras. A atração pela palavra escrita manifestou-se desde a pré-adolescência, quando escrevia diários. Publicações em antologias: A Língua, segundo lugar no Prêmio Sesc de Poesia, 2005; crônica, Com Açúcar ou Sem Açúcar, Asas e Voos, editora Guemanisse, 2006; Olho de Ciclone, poema, Coletânea OFF-FLIP de Literatura, 2008; Intimidade, crônica, Bicho Preguiça, poema, Celeiro Literário Brasiliense, 2023.
Isolda Marinho nasceu em Maceió. É professora de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira, cofundadora do Núcleo de Literatura do Centro Cultural da Câmara dos Deputados e coapresentadora dos Saraus Literários promovidos pelo Núcleo. Produtora e apresentadora do programa Canto das Letras. Publicou os livros de poesia Sementes de Amora (2000), Viço do Verso (2004) e Beijo de Tangerina (2010).
Luci Afonso é mineira de Araxá (MG) e mora em Brasília desde a adolescência. Licenciada em Letras-Português ela é autora dos livros Velhota, eu (2007), O Guardião da Manhã (2010), Senhora dos Gatos (2012) e Viagem ao sul de mim (2019).
Vanessa Yasmin Pomerantz nasceu em Brasília, morou em Jerusalém e atualmente vive em Buenos Aires. Em 2006 formou-se em jornalismo e foi diretora e roteirista do curta Para Que Olhos Tão Grandes?, que conta a história de superação de um menino deficiente visual. A obra foi exibida nas TVs Câmara e Justiça e em vários festivais de cinema no Brasil, Portugal e França. Em 2013, quatro esquetes teatrais de autoria dela foram apresentados na Associação Cultural Israelita de Brasília (ACIB). Em 2018, foi coautora do livro Crise: Um Caminho para a Luz, pela Editora Autografia, onde abordou a psicose e o despertar espiritual. Em 2019, lançou seu livro solo Mosaico de Mim: Crônicas, pela editora Viseu.
Serviço:
O quê: Lançamento do livro Florescer na palavra.
Quando: quinta-feira, 12 de dezembro, às 20 horas
Onde: Casa Thomas Jefferson, da 706/906 Sul.
Quanto: Entrada franca.
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