‘Sangue’: Fábula ácida sobre o fazer artístico e as relações de poder estreia dia 13 de março no Centro Cultural Banco do Brasil Brasília
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Até que ponto o poder e a dominação compõem a essência do ser humano e as relações sociais? O espetáculo “Sangue”, escrito por Kiko Marques especialmente para os atores Carol Gonzalez, Leopoldo Pacheco, Marcos Suchara e Rogério Brito, estreia dia 13 de março de 2025, no Centro Cultural Banco do Brasil Brasília. A peça ficará em cartaz até 6 de abril, com sessões de quinta a sábado, às 20h; e domingo, às 18h. Kiko Marques também assina a direção. O espetáculo conta com o patrocínio do Banco do Brasil, com incentivo da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet). Em circulação, já passou pelo CCBB São Paulo, CCBB Rio de Janeiro e CCBB Belo Horizonte, com grande sucesso de público e crítica.
Por seu desempenho no espetáculo, o ator Rogério Brito foi indicado ao Prêmio Shell de Teatro, em São Paulo, na categoria Melhor Ator.
“Sangue” propõe uma discussão sobre o poder e a dominação, a partir da história de dois atores que, durante a montagem de um texto de um grande autor francês, já falecido, recebem a notícia da revogação de seus direitos autorais.“A ideia foi criar um poema cênico, um mito sobre as inúmeras e insuspeitáveis formas de guerra e dominação do ser humano por outro ser humano; sobre a necessidade de possuir o outro, mas também sobre o verdadeiro pertencimento e a fraternidade que brota nos mais imprevisíveis campos”, afirma o autor e diretor Kiko Marques.O espetáculo surge a partir de um acontecimento similar ocorrido com parte da equipe da peça que, há alguns anos, teve um projeto artístico bloqueado por questões de direitos autorais. Kiko se inspirou no inconveniente da situação para falar sobre aspectos brutais da natureza humana. Como uma miniatura do mundo, os conflitos da peça espelham os conflitos que a própria sociedade atravessa.“Falar sobre o poder e a dominação é revelar uma parte fundamental da essência das relações sociais humanas. No caso de “Sangue”, é tirar o véu com que se camuflam nas mais justificáveis intenções. É mostrar a verdadeira face da violência e da usurpação do outro”, afirma.
O fazer artístico no cerne do espetáculo
Em “Sangue”, os franceses - detentores dos direitos da obra - armam uma armadilha para se apoderar do projeto dos artistas brasileiros, fazendo-os perder o domínio daquilo que eles próprios idealizaram. Assim, a peça também traz para o debate questões que envolvem a produção artística e os trabalhadores da cultura, mostrando um pouco dos bastidores, numa situação fictícia, mas que poderia muito bem ser verdade.
“Quis abrir a porta da nossa casa (os bastidores do teatro) ao olhar de quem não vive essa realidade, para que esse espectador pudesse conhecer, em parte, nossa ‘aldeia’ (como diria Tolstoi); conhecer as pessoas envolvidas com o fazer teatral, seus anseios, suas paixões, e reconhecer-se nelas”, completa Kiko.
O texto também discute o olhar eurocêntrico e a violência de gênero, que aparece desde o início do relacionamento amoroso entre o diretor francês e a atriz brasileira.
A equipe criativa conta ainda com André Cortez na criação do cenário, Marichilene Artisevskis nos figurinos, Gabriele Souza no desenho de luz e Marcelo Pellegrini na música original. Kiko Rieser assina a direção de produção.SINOPSE:Carin e Cesar Santo estão ensaiando "Sangue", peça de Aponti, genial autor francês já falecido, quando chega a informação de que os direitos da montagem foram cancelados por Victor, irmão do autor. Carin, então parte pra entender o que aconteceu e tentar revogar essa decisão por meio de Leon, seu ex-marido e amigo íntimo de Victor. A partir disso e do encontro dessas pessoas, o rumo dessa montagem e de suas vidas irá mudar radicalmente.
FICHA TÉCNICA:
Texto e direção: Kiko Marques
Elenco: Carol Gonzalez, Leopoldo Pacheco, Marcos Suchara e Rogério Brito
Cenário: André Cortez
Desenho de luz: Gabriele Souza
Figurinos: Marichilene Artisevskis
Música original: Marcelo Pellegrini
Visagismo: Leopoldo Pacheco
Assistência de direção: Matilde Mateus Menezes
Técnico e operador de luz e som: Rodrigo Palmieri
Camareira: Léia Marone
Design gráfico: Letícia Andrade (Nós Comunicações)
Fotos: Heloísa Bortz e Janderson Pires
Mídias sociais: Felipe Pirillo (Inspira Comunicação)
Assessoria contábil: Juliana Rampinelli Calero
Assessoria jurídica: Martha Macruz
Supervisão administrativa e prestação de contas: Dani Angelotti
Direção de produção: Kiko Rieser
Produção executiva: Fernanda Lorenzoni
Assistência de produção: Fábio Mráz
Idealização e projeto: Carol Gonzalez e Kiko RieserRealização: Ministério da Cultura e Centro Cultural Banco do Brasil
Patrocínio: Banco do Brasil
Sobre o CCBB Brasília:
O Centro Cultural Banco do Brasil Brasília foi inaugurado em 12 de outubro de 2000, e está sediado no Edifício Tancredo Neves, uma obra arquitetônica de Oscar Niemeyer, e tem o objetivo de reunir, em um só lugar, todas as formas de arte e criatividade possíveis. Com projeto paisagístico assinado por Alda Rabello Cunha, o CCBB Brasília dispõe de amplos espaços de convivência, bistrô, galerias de artes, sala de cinema, teatro, praça central e jardins, onde são realizados exposições, shows musicais, espetáculos, exibições de filmes e performances.
Além disso, oferece o Programa CCBB Educativo, programa contínuo de arte-educação patrocinado pelo Banco do Brasil que desenvolve ações educativas e culturais para aproximar o visitante da programação em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), acolhendo o público espontâneo e, especialmente, milhares de estudantes de escolas públicas e particulares, universitários e instituições, ao longo do ano, por meio de visitas mediadas agendadas, além de oferecer atividades de arte e educação aos fins de semana.
Desde o final de 2022, o CCBB Brasília se tornou o terceiro prédio do Banco do Brasil a receber a certificação ISO 14001, e desde então recebe a renovação anual da certificação, como reconhecimento do compromisso com a gestão ambiental e a sustentabilidade.
A conquista atende à Ação 24 da Agenda 30, que tem por objetivo reforçar a gestão dos programas, iniciativas e práticas ambientais e de ecoeficiência do BB e demonstra o alinhamento do CCBB Brasília à estratégia corporativa do BB, enquanto espaço de difusão cultural que valoriza a diversidade, a acessibilidade, a inclusão e a sustentabilidade porque transformar vidas é parte da nossa cultura.
SERVIÇO:
Sangue
Temporada: de 13 de março de 2025 a 6 de abril de 2025
Horário: Quinta a sábado, às 20h; domingo, às 18h
Duração: 100 min
Classificação: 14 anos
Local: Teatro do CCBB Brasília
Ingressos: R$ 30 | R$ 15 meia
Estudantes, maiores de 65 anos e Clientes Ourocard pagam meia entrada
Ingressos disponíveis na bilheteria do CCBB e no site bb.com.br/cultura a partir de
07/03/2025
CCBB Brasília:
Funcionamento: De terça a domingo, das 9h às 21h
Endereço: SCES Trecho 02 Lote 22 – Edif. Presidente Tancredo Neves – Setor de Clubes
Especial Sul – Brasília – DF
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