Projeto leva expressões afro-brasileiras para estudantes do Itapoã e Paranoá
- Rodrigo Carvalho
- há 4 dias
- 2 min de leitura

O projeto Kombo Arte Afro chega a sua quinta edição levando cultura para crianças da região do Itapoã e Paranoá. A iniciativa oferece aulas de capoeira, percussão e hip hop, ministradas uma vez por semana, durante cinco meses, na Casa de Cultura Kanzuá do Batukenjé, ponto de cultura que existe há dois anos na cidade. Cada uma das modalidades terão 20 vagas voltadas para crianças e adolescentes de 9 a 14 anos.
A iniciativa, realizada com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal (FAC), está com as inscrições abertas, que podem ser feitas presencialmente ou pelo número (WhatsApp) 61 9 8173.9986.
Niedson Nunes, responsável pelas aulas de hip hop, vê a oportunidade como a capacidade de transformar vidas através do movimento. Ele conta que, nas aulas, a meninada vai aprender sobre respeito, educação, disciplina e inclusão de cada uma deles na sociedade. “Dentro da arte, as crianças têm uma válvula de escape que não encontram em outros lugares”, observa Nunes.
“Eles aprendem que cada um deles é o protagonista da sua própria história, podem fazer o lugar onde moram ser melhor e ter um ponto onde possam se expressar através do que gostam de fazer”, complementa o professor.
Já o professor de capoeira, Paulo Simpatia, também enumera o respeito e a disciplina, além da união e a convivência com o próximo, como os principais ensinamentos da expressão cultural que tem origem no continente Africano. “É muito importante que nossas crianças tenham acesso a nossa cultura afro-brasileira, para mantermos vivas as nossas raízes culturais”, assinala.
Kombo
Iniciado em 2012, o projeto já realizou quatro edições bem-sucedidas. A primeira, em 2012, na Cidade Estrutural, concentrou-se em crianças e adolescentes filhos de catadores, promovendo o conhecimento na manufatura de artesanato a partir de materiais considerados "lixo". As edições seguintes passaram pela Vila Telebrasília, Ceilândia e Itapoã.
“As inscrições seguem abertas para as crianças da comunidade. Para entrar no projeto, basta ir a nossa casa e escolher a modalidade. São oportunidades de entender mais de onde a gente vem e valorizar a nossa identidade ligada aos nossos ancestrais negros”, detalha Mestre Celin, idealizador do Kombo Arte Afro e professor de percussão, que esteve no Centro de Ensino Fundamental (CEF) Zilda Arns, na sexta-feira (4), apresentando os modalidades para os discentes.
Nas aulas ministradas pelo mestre, os estudantes terão a oportunidade de aprender instrumentos como surdo, repenique, tarol, timbal, tamborim e instrumentos produzidos com material de sucata, como chocalhos e mini tambores.
Serviço
Projeto Kombo Arte Afro
Ponto de Cultura Kanzuá Do Batukenjé, Quadra 378, Conjunto Q, Lote 3, Itapoã, DF
Às quartas-feiras, das 14h às 17h, a partir de abril
Crianças de 9 a 14 anosInformações e inscrições pelo telefone 61 98173.9986
Gratuito
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