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Por incrível que pareça, "Silvio" não é um filme tão ruim quanto seus trailers fizeram parecer ser


"Silvio", o mais novo filme sobre um dos maiores ícones da televisão brasileira, pode ter gerado risadas involuntárias quando os trailers foram lançados, mas, surpreendentemente, a obra final é bem mais respeitável do que se esperava. Com Rodrigo Faro no papel de Silvio Santos, o filme já começa com um desafio: uma caracterização que beira o bizarro, com maquiagem e peruca que pouco convencem. No entanto, o que poderia ser uma catástrofe cinematográfica se revela uma experiência decente, que consegue cativar o público em diversos momentos.


A trama do filme, focada depois do sequestro da filha de Silvio Santos e nos eventos que se desenrolam após o criminoso invadir a casa do apresentador, é conduzida com tensão suficiente para manter o interesse. As cenas iniciais, como a fuga do bandido do hotel e Silvio com sua filha na janela, são bem executadas e ajudam a estabelecer um ritmo que, por algum tempo, surpreende positivamente.


É claro que, como em toda cinebiografia, o filme tem seus tropeços. Em diversas cenas, Rodrigo Faro entrega um Silvio Santos melancólico, triste e pensativo, uma abordagem que pode soar estranha para quem conhece o apresentador por seu carisma incessante e sua presença alegre. Além disso, o uso de flashbacks e outras técnicas para mostrar a loucura do sequestrador não traz muitas novidades, mas os momentos que revisitam o passado de Senor Abravanel são interessantes e revelam aspectos mais profundos e humanos de sua trajetória.


No entanto, "Silvio" poderia ter se beneficiado de um corte mais enxuto. Com um ritmo que, em determinados momentos, se arrasta, o filme chega a cansar. Se algumas cenas fossem eliminadas, a experiência poderia ser mais fluida e impactante.


No geral, o filme não é o desastre que os trailers sugeriram. Apesar de suas falhas, "Silvio" vale a pena ser assistido. A história é intrigante o suficiente para prender a atenção e, acima de tudo, oferece uma perspectiva humanizada de um ícone que, para muitos, sempre foi visto como inabalável.


Nota: 👍👍👍👎👎

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