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Pitbull não é sinônimo de cachorro feroz, aponta pesquisa norte-americana


Viu um pitbull na rua e ficou com medo? Calma, ele não vai te atacar! Um recente estudo publicado pela Universidade de Massachusetts comprovou que a raça de um cachorro não tem relação com seu comportamento. No estudo, mais de dois mil cães foram analisados, juntamente com 200 mil tutores dos animais, e foi constatado que somente a raça não é um fator confiável para indicar o comportamento canino.


A pesquisa, que vai contra o pensamento coletivo de que a raça determina o quanto o animal é agressivo ou não, foi realizada por professores, estudantes e pesquisadores. Ainda de acordo com o estudo, esses estereótipos levam a legislações específicas para as raças como proibições e restrições de circulação de alguns cães.


Rogério Fonseca, responsável pelo Hospital Veterinário Amparo, explica que os cães possuem comportamento semelhante aos humanos. “Os animais desenvolvem suas características conforme são educados na infância. Por isso, o recomendado é educá-los, ainda filhotes, ensinando quais atitudes são certas e quais são erradas.

Kathleen Morril, autora do estudo, afirma que mesmo com as suposições feitas pela sociedade, faltam pesquisas genéticas que mostram a ligação existente entre raça e comportamento.


Para desmistificar esse dito popular, os especialistas usaram a associação de todo o genoma, para procurar variações genéticas comuns que poderiam prever características comportamentais específicas em 2155 cães de raça pura e mestiços.


Os pesquisadores reuniram dados com 18.385 estudos feitos juntamente a tutores de animais de estimação do banco de dados Darwin’s Ark, com informações sobre características e comportamentos reportados por esses donos. Ao todo, foram incluídos dados de 78 raças de cães.


Os pesquisadores identificaram neles 11 locais nos cromossomos com genes fortemente associados ao comportamento. Mas, nenhum deles era específico de uma raça.

Ainda de acordo com o estudo dos pesquisadores, entre os comportamentos mais fortes previstos pela genética, estão a capacidade de entrega dos cães e de quanto eles respondem às direções humanas. Os resultados apresentados no estudo mostram que a raça explica apenas 9% da variação comportamental em cães, sendo que a idade e o sexo foram fatores de comportamento mais decisivos.


De acordo com o veterinário Rogério, as raças modernas surgiram há 200 anos. “Antigamente, elas eram definidas por seus papéis funcionais, como caça, guarda ou pastoreio. Somente em 1800 que os humanos passaram a selecionar elas de acordo com características físicas”, finaliza o sócio da Amparo.

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