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Peça brasiliense ‘Ípsilon’ entra em circulação internacional com histórias que refletem realidades vividas no Brasil


O multiartista Guylherme Almeida nasceu em um núcleo familiar precário, na periferia da capital federal, e, mesmo sem recursos financeiros, Guylherme Almeida se superou. E com uma história de vida marcante que transformou em Arte. Guilherme perdeu o pai queimado vivo em cemitério de pneus no Riacho Fundo I. E a história de vida levou o autor a criar o espetáculo "Ípsilon”, que após passar por várias capitais agora entra em circulação internacional.

O espetáculo estreia com o Apoio do Programa Funarte Aberta no Rio de Janeiro (RJ) na capital carioca. Em cartaz de 18 a 27 de abril de 2025, sexta, sábado e domingo, sempre às 19h, no Teatro Dulcina - Rua Alcindo Guanabara, 17 - Centro, Rio de Janeiro/RJ. Ingressos no local por R$ 10 (meia-entrada). Não recomendado para menores de 12 anos.

A proposta estética e a força da temática do espetáculo de Brasília chamou à atenção de programadores de diversos países, e com menos de dois meses de estreia, a obra já tem agendas confirmadas em festivais e equipamentos culturais renomados, no Brasil, Europa, América Latina, e Estados Unidos.

“Ípsilon” mescla uma ficção científica baseada em tragédia real ocorrida em aterro do Distrito Federal, quando o autor e diretor Guylherme Almeida resolveu retratar a tragédia ocorrida com o seu pai.

E agora, ele volta com a pegada de levar o teatro e temáticas brasileiras, do Centro-Oeste e de todo o Brasil para o Mundo.

“Essa é uma peça que fala da realidade do Brasil, em geral. De assassinatos, de negros, da realidade do nosso País”, destaca Almeida.

História- Em setembro de 2022, o G1 noticiou: “O corpo de um homem de 47 anos foi encontrado carbonizado no Riacho Fundo I, no Distrito Federal.” A matéria não informa, mas o homem encontrado carbonizado era o pai de Guylherme Almeida, experiente produtor cultural e curador de eventos de grandíssimo porte na capital do país, como o Aniversário de Brasília, Réveillon de  Brasília e o Festival Ibero-Americano de Artes Integradas. Esse trágico acontecimento é uma das camadas dramatúrgicas que o espetáculo “Ípsilon” aborda.

 Antes mesmo de perder a figura paterna — que foi queimado vivo em um cemitério de pneus na periferia do Distrito Federal — Guylherme já estava debruçado sobre a trajetória de figuras negras importantes, como Carolina de Jesus, Mãe Carol Jemison e Judith Jamison, com o objetivo de escrever um espetáculo autoral sobre as conquistas da população negra e os desafios que corpos dissidentes enfrentam ao ingressar em uma espécie de vida burguesa. No entanto, esses estudos foram atravessados pelo assassinato do pai e, em vez de vivenciar o luto à distância, ele optou por incorporá-lo ao processo criativo.

 Assim surgiu a protagonista Carolyna (com “Ípsilon”), uma astronauta bem-sucedida que retorna à sua cidade natal em uma missão de trabalho e descobre que o município onde nasceu foi reduzido a um aterro sanitário de pneus. Coube à atriz Juliana Plasmo interpretar essa astronauta, capaz de viver no espaço, mas incerta se conseguirá sobreviver em sua terra natal, limitada pela fumaça, pneus e abandono, em analogias que parecem perpassar, em alguma medida, toda a narrativa preta.

Sobre o autor- Contrariando os indicadores sociais, Guylherme Almeida nasceu em um núcleo familiar precário, na periferia da capital federal, e, mesmo sem recursos financeiros, se tornou um dos produtores mais disputados do país, com mais de 100 produções no currículo. Depois de rodar festivais de teatro em todo o mundo, Guylherme (com ípsilon) voltou ao seu país disposto a encarar o desafio de sobreviver ao passado. Tal qual Carolyna.

Sinopse- Carolyna (com "ípsilon"), uma astronauta bem-sucedida que retorna à sua cidade natal em uma missão de trabalho, descobre que o município onde nasceu foi reduzido a um aterro sanitário de pneus. Durante o processo de criação de “Ipsilon”, o pai do diretor e dramaturgo foi queimado vivo. Esse ato trágico foi incluído no espetáculo de forma documental e é uma das camadas dramatúrgicas da peça, que também é uma ficção.

 Ficha Técnica

 Direção e Texto: Guylherme Almeida

 Elenco: Juliana Plasmo

Trilha Sonora Original: Miguel Mendes

 Iluminação: Ana Quintas

 Figurino: Alê Santos

 Cenografia: Guylherme Almeida

 Comunicação Visual: Paulo Falcão

 Consultor dramaturgia: Giordano de Castro

 Coordenação de Comunicação: 2Oxe Comunica

 Coordenação Administrativa: Isabela Ornelas

 Produção Executiva: Paulo Falcão

 Assistência de Direção: Filipe Lacerda

 Assistência de Produção: Eliane Silva e Duda Gomes

 Registro Fotográfico: Humberto Araújo, Jessica Lima e Will Lopes

 Registro Videográfico: Marcelo Pontes

 Fotos:


Serviço

Onde: Teatro Dulcina - Rua Alcindo Guanabara, 17 - Centro, Rio de Janeiro/RJ

Quando: de 18 a 27 de abril de 2025

Dias e horários: sexta, sábado e domingo às 19h

Entrada: R$ 10 meia, R$ 20 inteira

Classificação: 12 anos

Projeto apoiado pelo Programa Funarte Aberta


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