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O Poço 2: um prelúdio impactante que aprofunda as origens da distopia

“O Poço 2” é uma excelente adição à franquia, servindo como um prelúdio que aprofunda a história do primeiro filme e nos leva a entender como o sistema brutal do poço foi criado. Eu achei muito interessante como o filme mergulha nas origens desse regime distópico, revelando as bases do funcionamento cruel e as ideologias por trás dele. A forma como o poder e a opressão são discutidos é ainda mais intensa, com personagens novos que trazem camadas emocionais e filosóficas à trama.


Perempuán, interpretada por Milena Smit, é uma das grandes surpresas. Sua jornada ao lado de Zamiatin oferece uma visão mais profunda da luta contra um sistema onde a sobrevivência se mistura com moralidade e sacrifício. O filme explora o fanatismo e a forma como o egoísmo, muitas vezes, prevalece sobre a solidariedade, mesmo quando há promessas de uma reforma ou “justiça”.


A estética continua impecável, com a mesma sensação claustrofóbica e sufocante que o original nos trouxe. As tensões psicológicas e sociais são ainda mais intensas, especialmente agora que vemos as raízes desse sistema. Para quem achava que o primeiro filme deixava muitas perguntas em aberto, O Poço 2 responde a várias delas, mas também levanta novas questões sobre a natureza humana e nossa capacidade de sobreviver sob circunstâncias extremas.

Mesmo sendo um prelúdio, ele tem a força de uma sequência por nos oferecer mais profundidade sobre o universo do poço.


A direção mantém a qualidade, e o roteiro consegue equilibrar a crítica social com o suspense psicológico, sem perder a intensidade que tornou o primeiro filme tão marcante. No geral, O Poço 2 não só complementa, mas também eleva o legado do original, sendo uma experiência forte e perturbadora que te faz pensar mesmo depois dos créditos.


NOTA: 👍👍👍👎👎


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