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"Mufasa: O Rei Leão" — A continuação que ninguém pediu, mas que surpreende



Fui assistir Mufasa: O Rei Leão , a sequência (ou nem tanto) da versão "realista" de O Rei Leão . E digo "nem tanto" porque essa continuação tem um jeito curioso de contar sua história. Eu explico.


O filme se passa no tempo presente de O Rei Leão , com Simba agora adulto e pai de uma filha chamada Kiara. Logo de cara, ele e Nala precisam partir para uma missão e deixam a filha aos cuidados de Timão e Pumba. Como qualquer criança assustada em um dia de tempestade, Kiara fica com medo. É aí que Rafiki aparece com a solução clássica: contar uma história para acalmá-la — e não é qualquer história, mas a origem de seu avô, Mufasa, e como ele se tornou o grande rei que conhecemos.


A narrativa, então, nos transporta para o passado, onde conhecemos um Mufasa ainda filhote, que se perdeu dos pais. Ele é acolhido pela família de Taka, que o considera como um irmão, apesar de seu pai o rejeitar e sua mãe o criar em meios às leoas caçadoras.


Juntos, eles crescem em meio às ameaças de leões brancos, imponentes e violentos. Entre fugas e encontros com personagens icônicos como Rafiki, Zazu e Sarabi, testemunhamos a trajetória de Mufasa rumo ao trono — a traição de Taka, que define o surgimento do famigerado vilão Scar, que já conhecemos tão bem.


Vamos ser honestos: ninguém pediu por esse filme. Depois do "realismo excessivo" da versão de 2019, que acabou perdendo um pouco da magia, era fácil torcer o nariz para mais uma continuação. Mas, surpreendentemente, Mufasa funciona. Quando você vence o desinteresse inicial e se entrega à história, ela te conquista.


Os gráficos são belíssimos, e desta vez acertaram no detalhe que mais incomodou no filme anterior: os animais finalmente têm expressões faciais. Esse pequeno ajuste trouxe mais vida e emoção, resgatando a conexão que tanto faltou na versão anterior.


O ponto negativo? A duração. Para um público infantil, o filme pode parecer um pouco longo demais (1h57min). Como musical, ele tem seus momentos em que o ritmo cai, o que pode entediar as crianças (e talvez alguns adultos também). Mas, no geral, vale muito a pena dar uma chance e ir ao cinema assistir.


Mufasa: O Rei Leão não só entrega uma história visualmente impressionante, mas também humaniza (ou melhor, "leoniza") ainda mais o legado do grande rei das savanas. Talvez não precisássemos dessa continuação, mas agora que ela existe, é um bom motivo para voltar ao cinema.


NOTA: 👍👍👍👎👎

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