Iphan inaugura projeto de educação patrimonial em Taguatinga/DF

Na última quinta-feira, 10 de abril, o projeto de educação patrimonial Só Taguá Tem deu início a uma série de quatro encontros que visam mapear os patrimônios culturais de Taguatinga, uma das mais importantes Regiões Administrativas do Distrito Federal. 

Com a participação de veteranos, estudantes, pesquisadores, artistas e outros moradores da cidade, o primeiro diálogo foi um marco importante no desenvolvimento deste projeto, que culmina em uma produção audiovisual e uma série de atividades voltadas ao público escolar da região. 

Ao longo de três horas, o evento realizado no Centro Cultural SESI Taguatinga e em teve mediação conduzida por Luênia Guedes e promoveu a escuta ativa da comunidade a respeito de histórias, saberes e tradições locais, motivadas pela pergunta-chave “o que só Taguatinga tem?”. 

Com mais de 50 participantes, a atividade recebeu ilustres veteranos de Taguatinga, como o filósofo e poeta Eloy Barbosa, o comunicólogo Wilon Wander Lopes e o bonequeiro Chico Simões. A nova geração também marcou presença, com rappers, poetas e acadêmicos dando suas contribuições sobre os saberes e fazeres da cidade.

O projeto é uma iniciativa do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan, em parceria com o Instituto SOMA Cidadania Criativa e apoio do gabinete do deputado federal Reginaldo Veras. Na abertura do evento, o presidente do Iphan, Leandro Grass, destacou a importância dessa ação para a preservação da identidade local. 

“O projeto não fala só dos patrimônios edificados que Taguatinga tem, mas sim dos patrimônios vivos da cidade. É gratificante ver esse encontro geracional, entre aqueles que construíram Taguatinga e a transformaram na cidade que ela é, e aqueles que estão pavimentando agora sua caminhada, construindo seus projetos de vida e projetando futuros. Patrimônio não é só sobre o que já foi feito. É, acima de tudo, sobre o que ainda vai ser feito. É sobre tudo que nós queremos ser”, disse o presidente do Iphan. 

O superintendente do Iphan/DF, Thiago Perpétuo, falou do alinhamento estratégico entre o Só Taguá Tem e as políticas atuais de patrimônio. “O projeto tem a perspectiva que o Iphan busca neste momento de sua história. Durante muito tempo, o Iphan foi aquele órgão que apontava e dizia, você é patrimônio. Agora a gente quer que a comunidade nos fale o que é patrimônio”, trouxe Perpétuo aos participantes. 

Próximos encontros

Ao longo dos próximos meses, o Só Taguá Tem se desdobrará em três fases, sendo os diálogos comunitários apenas o início de um processo que incluirá também a produção de um mini-documentário, atividades voltadas ao público escolar e um encontro final para apresentação do filme e o compartilhamento coletivo da experiência. 

Para quem não pôde participar do primeiro encontro, os próximos diálogos já têm datas e locais definidos:

• 23 de abril (quarta-feira), às 10h – Galeria Olho de Águia

• 26 de abril (sábado), às 10h – Invenção Brasileira (Mercado Sul)

• 28 de abril (segunda-feira), às 14h – Paróquia Nossa Senhora de Fátima

Todas as atividades são gratuitas e abertas ao público, sem necessidade de inscrição prévia. Ao final dos encontros, será oferecido um lanche, proporcionando momentos de descontração e troca entre os participantes.

O Só Taguá Tem é uma oportunidade para os moradores de Taguatinga se conectarem com a sua história e participarem ativamente da construção de um legado cultural para as futuras gerações. Não perca a chance de fazer parte dessa jornada de valorização e preservação do patrimônio da nossa cidade.

Para mais informações sobre o projeto, acompanhe o Instagram oficial: @sotaguatem.