Idosa do RS perde R$58 mil após cair no golpe do falso boleto
Uma idosa de 64 anos do Rio Grande do Sul foi alvo de um golpe que resultou em um empréstimo não autorizado de R$ 58 mil, posteriormente transferido para os golpistas via boleto falso e PIX. A fraude começou com uma ligação em que os criminosos alegavam a necessidade de exclusão da RMC (Reserva de Margem Consignável), um benefício atrelado à aposentadoria.
O advogado especialista em direito previdenciário, Ubiratãn Dias, que acompanha o caso, destaca a gravidade da situação e alerta para a crescente sofisticação desse tipo de crime.
“Esses golpes são elaborados para confundir e explorar a boa fé das vítimas, especialmente idosos. Ao se apresentarem como representantes de bancos ou instituições confiáveis, os golpistas utilizam termos técnicos para criar um senso de urgência. Isso leva a vítima a fornecer informações bancárias ou realizar transferências sem verificar a veracidade da solicitação” , explica o advogado.
Os golpistas realizaram o empréstimo de R$ 58 mil no nome da idosa, com o valor sendo depositado em sua conta bancária. Na sequência, enviaram um boleto no valor de R$50 mil falso alegando que o pagamento era necessário para cancelar a operação. A vítima, sem desconfiar, transferiu o valor imediatamente via PIX, depositando o dinheiro em uma conta ligada à quadrilha. Agora, ela enfrenta a responsabilidade de sair da dívida com o banco.
“As instituições financeiras precisam fortalecer seus mecanismos de segurança e implementar sistemas mais robustos para identificar operações fraudulentas. Além disso, é imprescindível que os consumidores prejudicados, como no caso do meu cliente, busquem orientação jurídica para contestar a dívida e registrar Boletim de Ocorrência”, afirma o especialista.
O caso traz à tona a vulnerabilidade dos consumidores e a urgência de campanhas preventivas voltadas ao público idoso. Segundo o Dr. Ubiratãn, os alertas das agências são uma ferramenta essencial para evitar situações semelhantes. “É importante que as pessoas saibam que nenhum banco solicita dados ou pagamentos por telefone ou mensagens. Em qualquer dúvida, procure diretamente uma instituição ou um advogado especializado”, orienta.
Diante de golpes desse tipo, a recomendação é desconfiar de contatos que peçam informações pessoais, confirmar as informações diretamente com os bancos e nunca realizar transferências sem uma seleção prévia específica.
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