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Gaiola Mental é um filme cheio de clichês, mas não é isso que o faz ruim, e sim o seu final medíocre

Um serial killer conhecido como "O Artista" matava suas vítimas e as transformava em obras-primas, expondo-as para que todos as vissem. Só que um detetive conseguiu prendê-lo e depois de anos, um imitador continua sua série de assassinatos sinistros dias antes do original ir para a execução. Essa é a premissa de Gaiola Mental, novo filme da Netflix estrelado por John Malckovich, como "O Artista", Martin Lawrence como detetive Jake Doyle, Melissa Roxburgh como detetive Mary Kelly e Robert Knepper como xerife Owins.


O filme é um suspense policial, meio noir, que tenta, assim como o imitador do Artista, copiar outro filme como "O Silêncio dos Inocentes", ao repetir a relação entre policial e assassino para desvendar outros crimes semelhantes. O detetive, vivido por Martin Lawrence, também traz aquele velho clichê do policial que perdeu seu parceiro e agora precisa aprender a trabalhar com uma ajudante mais nova. Apesar do ator vir da área da comédia, ele até que está bem em seu papel, diferente de Cris Rock fazendo o tira canastrão em "Espiral" (spin off de Jogos Mortais). A trama também é marcada por várias frases e cenas clichês, que com certeza vai te dar a sensação de um déjà vu (eu já vi isso antes).


Mas isso não é o que faz o filme ser ruim. Eu gosto de clichês. Clichês são bem-vindos, de vez em quando. O problema maior está no final. Entendi que o filme quis trazer um conceito de que "um homem pode ter o seu corpo preso, mas não a sua mente". E é isso que o filme tenta explorar, de uma maneira desastrosa. Talvez seria melhor se o diretor, no começo do filme, tivesse dado pistas sobre o que o serial killer podia fazer e não despejar de uma vez no final. Do nada, ele ganha um poder, como em "Hypnotic", filme que já critiquei aqui antes. Daí para frente é uma sequência de erros onde mais parece que o roteirista estava com pressa de acabar o filme.


Por fim, o filme Gaiola Mental, mais uma vez, traz uma boa premissa, mas com uma execução pífia.


Nota: 👍👎👎👎👎


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