Estúdio Bijari cria calçada digital para a Virada Cultural 2024

O Estúdio Bijari, núcleo de criação em artes visuais e multimídia, está participando da Virada Cultural 2024 com uma instalação audiovisual no edifício João Brícola, futura unidade do Sesc São Paulo, que forma um trajeto videográfico e sonoro a partir das vitrines do prédio. A instalação será inaugurada neste sábado, dia 18 de maio, às 18h00, e poderá ser visitada também no domingo.

Criada e curada pelo Bijari, a Calçada Digital é constituída por painéis de LED e caixas de som que recebem obras de artistas, videomakers, VJs e criadores de conteúdo digital. Participam do projeto os artistas Bianca Turner, Bijari, Carlos Pedreañez (Ocovisual), Daniel Lima e Guilherme Bretas.

“A instalação cria múltiplas possibilidades criativas e discursivas através da combinação de espaço, imagem e som. Seja a partir de índices de histórias e dados específicos daquele território, como nos trabalhos da Bianca Turner, Guilherme Bretas e Oco, das questões espaciais da arquitetura das vitrines, como no caso do Bijari, ou em espaços sociais, discutidos nos trabalhos de Daniel Lima, temos essa transformação do passeio público dada pelas diferentes maneiras de exploração da plataforma. Uma pele pulsante da arquitetura que nos permite criar novos ambientes e contextos dentro do mesmo espaço”, comenta Geandre Tomazoni, integrante do grupo Bijari.

Serviço

Calçada Digital

Gratuito

De sábado, 18/5, até domingo, 19/05

Edifício João Brícola - Praça Ramos de Azevedo, 131 - República, São Paulo - SP, 01042-010

Bianca Turner é artista e doutoranda em Arte Contemporânea na Universidade de Coimbra. Sua pesquisa explora a noção do arquivo como imposição imperialista, a expansão do tempo-espaço através do uso de recursos audiovisuais e a vídeo projeção em relação com o corpo. Ela já se apresentou, com destaque, na Mostra Verbo de Performance Arte em 2022 e 2018, na 40º Arte Pará e no 1° Salão de Arte de Goiás em 2022.

Bijari é um estúdio de criação que desenvolve projetos na convergência entre arte, design e tecnologia. As pesquisas desenvolvidas em intervenção urbana e arte pública inspiram a criação de territórios políticos e poéticos que reaproximam a relação da esfera pública com o sistema da arte e para além dele. As experiências visuais criadas assumem diferentes linguagens como motion graphics, videomapping, design gráfico, intervenções urbanas, cenografia e comunicação visual em suas diversas interações. É formado por Geandre Tomazoni, Gustavo Godoy, João Rocha, Maurício Brandão, Olavo Ekman e Rodrigo Araújo.

Carlos Pedreañez (Ocovisual) nasceu em Maracaibo, Venezuela, e mora no Brasil desde 2003. Desenvolve projetos visuais vinculando experiências através de diversos caminhos: artes visuais, instalações de arte, cenários, videoinstalações, videoclipes e projeções mapeadas em tempo real em espetáculos teatrais e musicais.

Daniel Lima é artista, curador, editor e pesquisador. Bacharel em Artes Plásticas e doutorando em Meios e Processos Audiovisuais pela Universidade de São Paulo. Desde 2001 cria investigações-ações em pesquisas relacionadas a mídia, questões raciais, resistências coletivas, presente colonial e análises geopolíticas. Recebeu em sua carreira mais de 15 prêmios nas áreas de Artes Visuais, Cinema e Estudos Sociais, tendo participado de diversas exposições, festivais internacionais e seminários

Guilherme Bretas é artista visual e graduando em Arquitetura pela Universidade de São Paulo. Seu trabalho artístico tem como tema principal a imagética da memória, conjugando política, tecnologia e história em diversos formatos. Entre suas obras, se destaca a criação de deepfakes como ferramentas de intervenção na memória africana e indígena no Brasil, se utilizando de inteligência artificial para tensionar temporariedades e imaginários. Bretas participou da 30ª MAJ do Sesc Ribeirão Preto e de diversas ações no Unibes Cultural e Centro Cultural Vila Itororó.

Sobre o BijariNúcleo de criação em artes visuais e multimídia, o Bijari existe desde 1997 e possui um trabalho de pesquisa calcado na convergência entre arte, design e tecnologia. Tem como objeto de interesse narrativas, poéticas e conflitos que moldam e dão vida à paisagem urbana.