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Equipe da UnB participa de Olimpíada Biônica na Suíça com apoio da FAPDF


A equipe do projeto EMA – Empoderando Mobilidade e Autonomia, da Universidade de Brasília (UnB), representará o Brasil no Cybathlon, conhecido como "Olimpíada Biônica". O evento acontecerá em Zurique, na Suíça, de 25 a 27 de outubro. A competição reúne tecnologias de ponta voltadas para a reabilitação de pessoas com deficiência.

 

Estevão Lopes, atleta paralímpico de alto rendimento integra o projeto EMA desde 2015, e neste ano, a sua expectativa para o campeonato é a melhor possível. “Estamos indo com uma equipe nova, aprimoramento das tecnologias, e estamos muito alinhados e bem preparados para esta competição. Representar o Brasil em uma grande disputa mundial é motivo de muito orgulho, e nós queremos trazer o título para a nossa nação”, comenta com entusiasmo.

 

O projeto EMA é fomentado pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) e conta com o suporte da Universidade de Brasília (UnB). Além de elevar o nome do Brasil, a equipe busca aproximar as tecnologias assistivas dos usuários finais, promovendo avanços significativos na vida das pessoas com deficiência.

 

O presidente da FAPDF, Marco Antônio Costa Jr., destacou a importância dessa participação: "Estamos muito orgulhosos de ver a equipe do projeto EMA representando o Brasil no Cybathlon. O trabalho deles mostra como a ciência e a tecnologia podem transformar vidas, principalmente na reabilitação. Temos certeza de que o empenho da equipe e do atleta Estevão Lopes trarão ótimos resultados, não só na competição, mas no desenvolvimento de tecnologias mais acessíveis para todos."


A  dedicação do paratleta Estevão no projeto está completando 10 anos, e em sua vida existe um divisor de águas. “Existe o Estevão Lopes que ficou com a lesão medular decorrente de um acidente, e o Estevão Lopes com lesão medular que ingressou no projeto EMA. É surreal as transformações que tive em minha vida: na questão psicológica, há o resgate de ver as minhas pernas pedalando novamente; há melhorias no meu bem-estar e as questões fisiológicas que é o ganho de massa muscular, hipertrofia nos membros inferiores, circulação, cicatrização e qualidade óssea. Enfim, tudo melhorou em minha vida. E além das melhorias em minha vida, o projeto EMA está sendo desenvolvido para oferecer esta tecnologia para outras pessoas com deficiência”, explica o atleta.

 

O coordenador do projeto, Roberto Baptista, ressaltou que a participação brasileira é um marco importante. "Na edição passada, em 2020, fomos a única equipe da América Latina. A competição é uma oportunidade para debater o acesso global às tecnologias assistivas e mostrar que o Brasil também pode produzir inovações no mesmo nível de países europeus, asiáticos e norte-americanos."

Este ano, o Cybathlon terá oito categorias, como corridas com próteses robóticas, cadeiras de rodas e exoesqueletos. A equipe do EMA competirá na prova de Bicicleta com Eletroestimulação Funcional, onde um atleta paraplégico pedala com a ajuda de um sistema que estimula os músculos das pernas. 

 

O Cybathlon é uma competição única, focada nas pessoas com deficiência, que visa reduzir a distância entre as tecnologias avançadas desenvolvidas nas universidades e os usuários finais. A participação no evento é uma oportunidade para mostrar o impacto positivo que projetos como o EMA têm na vida das pessoas, com o objetivo de tornar essas inovações mais acessíveis no futuro.

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