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Em cartaz no CCBB Brasília, a peça "Solo da Cana" traz uma reflexão sobre colonização, terra e povos indígenas


O Centro Cultural Banco do Brasil Brasília é palco, até 13 de abril, para o espetáculo Solo da Cana, uma obra que transcende o teatro para se tornar um manifesto artístico sobre as relações coloniais, a exploração da terra e a voz dos povos tradicionais.

 

Com texto e atuação de Izabel de Barros Stewart e direção de João Saldanha, a peça ganha ainda mais relevância ao se aproximar das celebrações do Dia dos Povos Indígenas (19 de abril) e do Dia da Terra (22 de abril), datas que reforçam a urgência de discutir justiça ambiental e decolonização.

 

 

Um depoimento vegetal contra a exploração

 

Em cena, Izabel personifica uma cana-de-açúcar, entidade simbólica da monocultura e do legado colonial, para questionar: O que nos diria uma planta após séculos de extração? A narrativa expõe o racismo ambiental e as estruturas que subjugam tanto a natureza quanto os povos tradicionais, em especial os indígenas, cujas terras e culturas foram historicamente violadas pelo agronegócio.

 

"Não se trata de antropomorfizar um ser vegetal e sim de criar condições para encarar o outro, o diferente, como sujeito ativo nas relações", comenta a artista. A obra ressalta a interdependência entre seres humanos e não humanos, propondo um "convívio interespécies" que reverbere o respeito à Terra - tema central do Dia da Terra.

 

A temporada de Solo da Cana reforça a urgência de debater o abuso na relação com a terra e com as pessoas a ela vinculadas como herança colonial - que devastou tanto ecossistemas quanto comunidades tradicionais - e a monocultura da cana, associada não só ao desmatamento e à grilagem de terras indígenas, como também a um regime de sensibilidade e de pensamento monocentrado.

 

A obra dialoga ainda com a cosmovisão indígena, que enxerga a natureza como sujeito de direitos, ao dar voz à cana-de-açúcar, transformando-a em um símbolo de resistência e convívio interespécies.


ACESSIBILIDADE

 

A ação “Vem pro CCBB” oferece translado gratuito (de ida e volta) para o CCBB Brasília. A iniciativa reforça o compromisso com a democratização do acesso e a experiência cultural dos visitantes. 

 

O ponto de embarque e desembarque da van fica próximo ao ponto de ônibus da Biblioteca Nacional. O acesso é gratuito e os ingressos podem ser emitidos no site bb.com.br/cultura, na bilheteria do CCBB, ou ainda pelo QR Code disponível no veículo.

 

Horários:

- Saindo da Biblioteca Nacional para o CCBB: 12h, 14h, 16h, 18h e 20h 

- Saindo do CCBB para a Biblioteca Nacional: 13h, 15h, 17h, 19h e 21h 

 


SOBRE O CCBB BRASÍLIA

O Centro Cultural Banco do Brasil Brasília foi inaugurado em 12 de outubro de 2000, e está sediado no Edifício Tancredo Neves, uma obra arquitetônica de Oscar Niemeyer, e tem o objetivo de reunir, em um só lugar, todas as formas de arte e criatividade possíveis.

Com projeto paisagístico assinado por Alda Rabello Cunha, o CCBB Brasília dispõe de amplos espaços de convivência, bistrô, galerias de artes, sala de cinema, teatro, praça central e jardins, onde são realizados exposições, shows musicais, espetáculos, exibições de filmes e performances.

Além disso, oferece o Programa CCBB Educativo, programa contínuo de arte-educação patrocinado pelo Banco do Brasil que desenvolve ações educativas e culturais para aproximar o visitante da programação em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), acolhendo o público espontâneo e, especialmente, milhares de estudantes de escolas públicas e particulares, universitários e instituições, ao longo do ano, por meio de visitas mediadas agendadas, além de oferecer atividades de arte e educação aos fins de semana.

Desde o final de 2022, o CCBB Brasília se tornou o terceiro prédio do Banco do Brasil a receber a certificação ISO 14001, e desde então recebe a renovação anual da certificação, como reconhecimento do compromisso com a gestão ambiental e a sustentabilidade.

A conquista atende à Ação 24 da Agenda 30, que tem por objetivo reforçar a gestão dos programas, iniciativas e práticas ambientais e de ecoeficiência do BB e demonstra o alinhamento do CCBB Brasília à estratégia corporativa do BB, enquanto espaço de difusão cultural que valoriza a diversidade, a acessibilidade, a inclusão e a sustentabilidade porque transformar vidas é parte da nossa cultura.

 

Serviço:

Solo da Cana

Local: Galeria 4 do Centro Cultural Banco do Brasil Brasília

Endereço: SCES Trecho 02 Lote 22 – Edif. Presidente Tancredo Neves – Setor de Clubes Especial Sul

Temporada: até 13 de abril 2025

Dias e horários: sexta e sábado, às 19h30, e domingo, às 18h30

Acessibilidade: as sessões de sábado contarão com tradução em Libras, com bate-papo após a apresentação

Ingresso: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia para estudantes, professores, profissionais da saúde, pessoa com deficiência e acompanhante, quando indispensável para locomoção, adultos maiores de 60 anos e clientes Ourocard), à venda no site www.bb.com.br/cultura e na bilheteria física do CCBB Brasília, a partir das 12h de 21 de março. A liberação dos ingressos ocorrerá toda sexta feira da semana anterior

Capacidade da galeria: 70 lugares (sendo 2 espaços para cadeirantes)

Duração: 60 minutos

Classificação indicativa: não recomendado para menores de 12 anos

 

Informações: fone: (61) 3108-7600 | e-mail: ccbbdf@bb.com.br | site/ bb.com.br/cultura | Instagram/ @ccbbbrasilia | Tiktok/@ccbbcultura  | YouTube/ Bancodobrasil



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