Doença do beijo e outros cuidados com a saúde bucal no Carnaval

O Carnaval é uma época de festa, música, muita interação social e, claro, beijos. No entanto, poucos foliões se lembram de que esse gesto de carinho pode trazer riscos à saúde. Além disso, o compartilhamento de copos, garrafas e canudos também pode ser um meio de transmissão de doenças bucais. Para curtir a folia sem preocupações, é importante adotar alguns cuidados preventivos. “O beijo é um contato muito íntimo e inclui algumas vias de transmissão de vírus, fungos e bactérias, como a saliva e a respiração”, explica a cirurgiã-dentista Hanna Patrícia Ganim da Silva, professora do curso de Odontologia do Centro Universitário UNICEPLAC.
A mononucleose, conhecida como "doença do beijo", é uma das infecções mais comuns transmitidas pelo contato boca a boca. Causada pelo vírus Epstein-Barr, ela pode provocar febre, aumento dos linfonodos (as chamadas “ínguas”), dor de garganta e dor no corpo. Embora o vírus Epstein-Barr permaneça no organismo, a maioria das pessoas se recupera da infecção em até duas semanas.
Outras doenças também podem ser transmitidas pelo beijo e pelo compartilhamento de objetos, como herpes, gripes e resfriados. “Pessoas com baixa imunidade ou imunossuprimidas devem redobrar os cuidados, pois são mais propensas a contrair infecções”, esclarece a dentista.
O consumo excessivo de bebidas alcoólicas e alimentos ricos em açúcar também pode prejudicar a saúde bucal, tornando o meio oral mais ácido e favorecendo o aparecimento de cáries e erosão do esmalte dos dentes. Para minimizar os danos, é essencial manter uma boa rotina de higiene bucal, escovando os dentes regularmente com creme dental fluoretado e utilizando fio dental. “Caso o folião perceba aftas, lesões ou desconforto na boca após o Carnaval, é recomendado procurar um profissional de saúde o quanto antes para avaliação e tratamento adequado”, completa a professora Hanna.
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