Delfia investe em Universidade Corporativa para desenvolver soft e hard skills em seus colaboradores
A busca pelo aprimoramento técnico e pessoal vai ao encontro das exigências de um mundo que se transforma muito rápido, estimulando um ciclo constante de aprendizagem para quem quer se destacar e manter-se atualizado em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo.O Relatório sobre o Futuro dos Empregos 2023 afirma que, nos próximos cinco anos, haverá redução de 2% do emprego atual (redução líquida de 14 milhões de ocupações), mas também, caminhos para garantir a resiliência, com governos e empresas investindo no apoio à mudança para o trabalho do futuro por meio da educação, da requalificação e de estruturas de apoio social.Esse movimento, um processo contínuo de aperfeiçoamento e de reciclagem, é um dos objetivos da Universidade Corporativa Delfia (UCD), a universidade corporativa da empresa de curadoria de jornadas digitais que, neste ano, lançou a academia de hard skill após um ano da consolidação da academia de soft skills, inaugurada em 2023, que tem como maior objetivo o desenvolvimento do capital humano e intelectual de seu time com foco na atualização e evolução de seus profissionais em todas as suas vertentes.“Tivemos um “boom” de procura da academia de hard skill quando foi lançada, há oito meses, pois 80% dos profissionais da empresa são da área técnica”, diz Juliana Motta, Head de RH da Delfia, que está à frente da Universidade Corporativa Delfia, citada na pesquisa da Great Place to Work, ranking das melhores empresas para se trabalhar, como o benefício mais valorizado pelo colaborador.
Desenvolvendo colaboradores
São doze cursos divididos em quatro academias e tudo é online, por meio do ambiente virtual chamado AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem): academia de cultura, academia de líderes, academia de negócios e academia tecnológica. As videoaulas foram gravadas em estúdio com professores que atuam em universidades de primeira linha, mas que também são executivos dessas práticas.O RH da Delfia calcula que 96% da empresa está cadastrada na plataforma da UCD, totalizando 489 alunos. “É uma média altíssima. Controlamos mensalmente quais são os colaboradores, de que áreas, quantos acessos, quanto tempo levam para concluir, quantos foram aprovados, quantos foram reprovados, por onde acessam, dentre outros”, avalia Juliana Motta.Um fluxo de solicitação para a qualificação dos colaboradores, no qual as pessoas são pré-selecionadas, foi criado pelo RH da empresa. A liderança de cada área faz a seleção prévia dos talentos que estão na linha de crescimento e, junto ao coordenador pedagógico da UCD, é traçada uma trilha de estudo. “O colaborador pode também solicitar ao seu líder para participar de uma das academias. Esse movimento é bem-visto e bem aceito, porque entendemos que ele quer se desenvolver e buscar o conhecimento”, comenta Rodrigo Bocchi, CEO da Delfia.Assim, a trilha é formada e é determinado o tempo de execução durante um período. “Temos uma média de que o colaborador faça dois cursos por mês em uma trilha de seis a oito meses para ele cumprir 12 cursos, por exemplo - o curso é composto de vários objetos instrucionais, como videoaula, podcast, vídeos, artigos, além de acompanhar apostilas, livros e atividades. Nosso desejo é que ele cumpra essa trilha com tranquilidade e qualidade”, adiciona a Head de RH.
Cursos mais procurados
O curso de soft skills mais buscado no ranking da UCD é “Controle Emocional”. O segundo mais procurado é o de “Comunicação” e, logo, o de “Etiqueta Corporativa” – este último ganhou uma versão presencial para a área comercial pelo impacto entre os estudantes e até diretores que não estão dentro do público da Universidade, que assistiram, por sua funcionalidade enquanto conteúdo.Já os de hard skill mais procurados, Juliana Motta relata que há bastante interesse por observabilidade e cibersegurança, tendências de mercado. “São temáticas que estão muito em evidência no universo de TI, além de serem conteúdos que atuamos e ofertamos em forma de serviços. É natural que o nosso colaborador queira se especializar, principalmente, se já transita na área técnica”, afirma a executiva.Para a Head de RH da Delfia, investir numa universidade corporativa demonstra o envolvimento de trabalhar esse profissional que ingressa no mercado de trabalho com um conhecimento acadêmico para uma fusão entre a teoria, a prática e o mercado. “O grande gap é o comportamental, porque a contratação é pelo técnico, mas a demissão é pelo comportamento. O importante é vincular o hard skill ao soft skill”, salienta.“Acreditamos que o conhecimento em hard e soft skill precisam trabalhar de forma pareada para que o indivíduo tenha integralidade em sua performance”, completa o CEO.
Impacto interno da Universidade Corporativa
Quando a empresa investe em um engenheiro de dados que saiu de uma formação técnica em soft skill, por exemplo, o objetivo é que ele adote um posicionamento de comunicador e de empreendedor, para que transite na gestão das relações humanas com mais facilidade. “A companhia está investindo efetivamente numa performance maior, pois esse profissional precisa ter a oportunidade de se apropriar de conhecimentos que vão além do mundo acadêmico, mas que fazem parte do mundo corporativo”, diz a Head de RH.A apropriação do conhecimento também impacta na entrega de serviços da empresa de curadoria digitais. Rodrigo Bocchi explica que a performance do colaborador e a aplicação dos conteúdos na companhia serão verificadas por meio das movimentações nas áreas, como por exemplo, quantas promoções foram dadas. “No meio do próximo ano teremos visibilidade sobre o conhecimento que foi absorvido, do ponto de vista de KPI, desdobrado em forma de práticas de gestão, ações, atitudes e conhecimento técnico”, ratifica o CEO.Juliana Motta afirma que alguns colaboradores chegam a se tornar educadores ou monitores na UCD. “A academia de hard skill tem como docentes colaboradores que se destacaram e cresceram. Temos o caso de um colaborador que começou como estagiário e, hoje, é o headda nossa área de Pesquisa”. Para ela, a trajetória de talentos em um segmento tão volátil e dinâmico, como é o de tecnologia, mostra que é preciso muito mais do que habilidade técnica. “Por isso, investimos primeiro em soft skills e, após sua consolidação, na academia de hard skills”.Juliana também destaca outro trabalho que tem sido feito, que ampara e acrescenta ao conhecimento da Universidade: a mentoria de colaboradores conectada aos cursos da UCD no projeto chamado “Líder Curador”. “Hoje, nossas Business Partners, profissionais que desdobram todos os subsistemas do RH na ponta do negócio por estarem próximos aos colaboradores, atuam de forma consultiva com as áreas, fazendo o mapeamento de perfil da equipe e assessment com colaboradores para selecionar as potencialidades para oportunidades de melhoria, onde são trabalhados pontos-chave do crescimento de carreira junto aos objetivos da empresa. E nós do RH mentoramos alguns profissionais indicados pelas lideranças, que serão os futuros líderes”.
RH e o desafio do desenvolvimento do capital humano
Juliana fala sobre como o RH passa constantemente por processos de transformação, com cenários muito diferentes do passado e ocasionados pelo movimento multigeracional. “O propósito fala mais alto do que a proposta financeira e a carreira. Esta geração tem o objetivo maior de pensar em qualidade de vida, de estar movida a causas, sejam elas sociais, ambientais ou culturais, e de não aceitar o movimento do passado. Hoje, temos um perfil profissional com outras prioridades”.A profissional diz que o RH tomou uma proporção gigantesca dentro das organizações junto a questões de diversidade e inclusão, educação corporativa e desenvolvimento conectado à estratégia do negócio. “Veja o quanto o RH, que era uma área totalmente operacional, tornou-se estratégica e necessária para qualquer empresa”.Ela acredita em um RH mais humanizado para atender as diferentes demandas geracionais, que ouve as pessoas para torná-las conscientes dos seus direitos e de suas falas. “O grande conflito organizacional do século são as intergerações, diretores baby boomers e gerentes com perfis mais jovens, que estão transitando entre outras gerações mais atuais, além de millenials compondo equipes. Estamos falando de uma estrutura matricial de organograma que compõe quatro ou cinco relações interagindo sobre a mesma temática, com visões completamente diferentes de sucesso, de performance, de resultado e de prioridade de vida”.
Futuro de educação
A Head de RH revela que uma nova frente será trabalhada na UCD para abraçar um modelo intergeracional, para que colaboradores circulem bem dentro de suas expertises e diferenciais, validando a troca de experiências. “Será um dos eixos que vamos atuar na próxima leva em cursos de soft skills e incluir a interação entre todas as gerações”.Além disso, ela planeja apresentar à diretoria da Delfia o crescimento dos cursos a cada dois anos, sem descartar o desenvolvimento de conteúdos e a inserção de novas temáticas, além também de criar um programa presencial, como foi feito com o curso “Etiqueta Corporativa”, sempre com o olhar da mobilidade, flexibilidade, tecnologia e da curadoria, fugindo de um formato “engessado” das instituições tradicionais.Para Juliana, as empresas que perceberem que precisam de conhecimento para lidar com as gerações vão estar à frente de qualquer outra, além de perceberem que o capital humano, como o próprio nome diz, é humano. “Completar a formação profissional em hard e soft skill, levando em consideração a base de valores, a contemporaneidade e as relações humanas, será a grande sacada do momento”, conclui a Head de RH.
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