Casa Vogue de agosto traz a simplicidade elegante da casa de campo de Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank
A edição de agosto de Casa Vogue ressalta o aconchego e a simplicidade elegante das propriedades de campo, com relatos de buscas por uma rotina mais equilibrada, longe dos grandes centros.
A capa traz os atores Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank, que abriram o rancho da família na serra do Rio de Janeiro para a revista. Em um terreno de 280 mil m², à beira de um vale, onde tudo era pasto, o casal idealizou o Rancho da Montanha, privilegiando matérias-primas naturais. Ali, com liberdade e pé na terra, criam seus três filhos cercados por paisagens exuberantes.
Quando Zyan, o caçula do casal, nasceu a pandemia estava no auge. Isolados em casa, com os pequenos Títi e Bless, eles decidiram que a prioridade naquele momento era investir em um convívio saudável da família. Encontraram o terreno em um condomínio rural a 124 km do Rio de Janeiro, no final de uma estradinha de terra. Partiram para lá sem grandes expectativas e acabaram encantados por um pôr do sol impressionante. E assim selaram a aliança com o local, onde começaram a plantar árvores antes mesmo de definir o posicionamento da casa, projetada pelo arquiteto Duda Porto. Hoje já têm mais de 23 mil mudas em pleno crescimento e eles ressaltam que a meta é que isso vire uma floresta.
A publicação apresenta também a Casa Cavanelas, que se prepara para abrir ao público como sede do Instituto Burle Marx, com mais de 150 mil itens de acervo do paisagista. Para abrigar a unidade, o terreno receberá quatro novas edificações, com projeto de Thiago Bernardes. A maior, de 800 m², contemplará o acervo, uma biblioteca e um auditório, e ficará sob uma praça, bem na entrada da propriedade. De acordo com Bernardes, as construções novas serão feitas de forma que não atrapalhem nem mudem nada do jardim ou da casa original.
Casa Vogue Ama traz o legado artístico e arquitetônico de Chu Ming e Tomie Ohtake, duas extraordinárias mulheres asiático-brasileiras, e suas notáveis casas brutalistas da década de 1970. As casas compõem a terceira edição da ABERTO, exposição que mescla artes visuais, design e arquitetura. Mais que residências, são espaços onde se perpetuam a criatividade, o espírito e a memória dessas duas mulheres para as gerações futuras: uma delas, projetada pelo arquiteto brasileiro Ruy Ohtake para sua mãe, Tomie Ohtake, conceituada artista de origem japonesa, nascida em Kyoto; e a outra, projeto de residência familiar de Chu Ming Silveira, nascida em Xangai, China. Esta última, arquiteta e designer visionária, criadora de um dos grandes símbolos do mobiliário urbano brasileiro, o orelhão.
Em Decor Stories, a publicação aborda o Sabor Cotidiano, mostrando que preparar e servir de maneira original faz toda a diferença. Casa Vogue apresenta uma seleção de peças artesanais, que inspiram a composição de mesas cheias de personalidade.
A seção Design traz uma odisseia onírica, com itens-desejo da série Objets Nomades, da Louis Vuitton, dispostos na suntuosa cobertura do edifício projetado por Jean Nouvel na Cidade Matarazzo, em São Paulo.
Em Destino, Casa Vogue mostra a paisagem dos Lençóis Maranhenses, onde a Oiá Casa Lençóis, em Santo Amaro do Maranhão, se destaca pelo design e artesanato brasileiro em meio à arrebatadora paisagem. A hospedaria conta com projeto assinado por Marina Linhares.
Na seção Universo, “Casa de Vestir”, o caráter artístico e a alma cigana das coleções assinadas pela estilista Cris Barros definem a morada de campo que ela mantém no interior paulista. O projeto foi desenvolvido com tecidos e estampas bem articulados pelas mãos da arquiteta Carolina Maluhy, que disse ter buscado referências nas viagens e peças adquiridas por Cris em antiquários, além de outros objetos colecionados ao longo do tempo.
“História em Curso” conta como os irmãos Marcelo e Isa de Paula Santos chegaram à porteira da Fazenda Santa Eudóxia, a 273 km de São Paulo. A propriedade, que pertenceu originalmente ao visconde Cunha Bueno, foi uma das maiores fazendas cafeicultoras de São Paulo, com mais de 1,2 milhão de pés de café e milhares de habitantes. Quando Isa, designer e artista plástica, e Marcelo, arquiteto e paisagista, aportaram ali, a fazenda havia sido loteada, o que permitiu a aquisição da gleba que incluía a sede, concluída em 1880 e em ruínas havia 30 anos. Erguido em meio encosta, o prédio mescla os estilos paulista e mineiro do século 19, prezando pela simplicidade.
Fotógrafo premiado e viajante global, Bico Stupakoff encontrou paz em propriedade na Pensilvânia (EUA). Durante a pandemia, viu potencial no estábulo de 1830 e o transformou com as próprias mãos em um loft rústico. A casa reforça os conceitos de liberdade e a paciência de observar processos lentos. O castelo com séculos de história, a apenas uma hora de Paris, adentra uma nova era após a reforma conduzida pelo seu atual dono, o designer francês Eric Schmitt. Composto por árvores centenárias e muitos animais, o cenário estimula cotidianamente seus criativos moradores.
Para fechar a edição, a seção Last Look destaca o banco caipira como peça de design, que remete ao trabalho rural, criada por camponeses mundo afora como um apoio para o corpo durante a ordenha de vacas leiteiras. O artefato é também um curinga com muitas habilidades, um chamado à prosa à beira do fogão a lenha, um conector que aproxima gente e chão, que abraça culturas e geografias. Na cidade é apoio versátil ou sinônimo de mais alguém acolhido na roda de conversa, que cresceu e dá uma comodidade incrível.
O designer Paulo Alves, autor de vários banquinhos inspirados no universo campestre, ressalta que gosta de vê-lo como uma peça que provoca outro jeito de sentar, quase de cócoras, algo que não é mais natural para muitas pessoas.
Confira o conteúdo completo da Casa Vogue de agosto, já disponível em versão digital e nas melhores bancas do Brasil.
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