Carina Alves participa em Brasília de cerimônia históricapara comunidades indígenas no CNJ
- Rodrigo Carvalho
- há 1 dia
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A presidente do Instituto Incluir, Carina Alves, esteve em Brasília na última semana para uma agenda repleta de compromissos institucionais voltados às pautas de inclusão e educação. O ponto alto de sua visita foi a participação na cerimônia realizada na sede do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que marcou a entrega simbólica das novas certidões de registro civil a lideranças indígenas.
Durante o evento histórico, ela testemunhou um momento significativo para os povos originários do Brasil: a implementação do marco legal indígena, resolução conjunta do Ministério dos Povos Indígenas, Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), CNJ e Conselho Nacional do Ministério Público. A nova legislação permite o registro civil de indígenas de acordo com sua autodeterminação. "Como alguém que defende intransigentemente a inclusão e a diversidade, imaginem meu orgulho diante desta quebra de paradigma!", declarou Carina Alves, visivelmente emocionada.
Entre os homenageados estava Daniel Munduruku, parceiro de Carina, que agora poderá utilizar oficialmente seu nome indígena em seu RG. A importância do evento foi ressaltada pela presença de figuras de destaque nacional, como a Ministra dos Povos Originários, Sônia Guajajara, e o Ministro Luis Roberto Barroso, Presidente do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça.
Parcerias fortalecidas em prol da educação inclusiva
Durante sua estada na capital federal, a doutora em educação e primeira brasileira premiada pela UNESCO com o Prêmio Confúcio de Alfabetização aproveitou para fortalecer parcerias institucionais.
Na sede da UNESCO Brasil, Carina foi recebida por Maria Rebeca Otero Gomes, Coordenadora de Educação na agência da ONU. O encontro serviu para discutir a ampliação da parceria entre o Instituto Incluir e a UNESCO, com foco em projetos de formação de professores e eventos voltados ao debate educacional.
"Como a primeira brasileira laureada na categoria alfabetização, sempre sou bem acolhida no escritório da UNESCO. Conversamos sobre novas iniciativas que podem transformar a realidade educacional brasileira", relatou a educadora.
Após o evento no CNJ, Carina e Daniel Munduruku ampliaram as parcerias entre o Instituto Incluir e o Instituto Uka – Casa dos Saberes Ancestrais, reforçando o compromisso com a valorização dos conhecimentos dos povos originários.
Literatura indígena e representatividade
Durante sua agenda em Brasília, Carina Alves também apresentou à Ministra Sônia Guajajara e à presidente da FUNAI, Joenia Wapichana, o livro "A menina potiguara", obra que escreveu para a série Literatura Acessível, inspirada em suas vivências junto à população da etnia potiguara de Baía da Traição, na Paraíba, com prefácio da atriz e ativista Dira Paes.
Além disso, a educadora participou da abertura da Exposição Terenoé, dedicada aos povos Terena, na Biblioteca Demonstrativa Maria da Conceição Moreira Salles. O Instituto Incluir é responsável pela gestão da programação cultural deste espaço em parceria com o Ministério da Cultura (MinC).
Carina também revelou uma novidade literária durante sua passagem por Brasília: seu novo livro "A Fábrica de Afetos" contará com prefácio assinado por Daniel Munduruku, consolidando ainda mais esta parceria em prol da educação inclusiva e da valorização da diversidade cultural brasileira.
"Essa semana em Brasília foi extremamente produtiva. Cada encontro, cada conversa reforça nosso compromisso com uma educação verdadeiramente inclusiva, que reconheça e celebre a diversidade do povo brasileiro", concluiu Carina Alves.
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