Branca de Neve (2025) estreia nos cinemas: uma nova visão do clássico com polêmicas e surpresas

Por: Fernanda Regis
Finalmente, hoje estreia nos cinemas Branca de Neve, clássico de 1937 ganha uma nova roupagem na adaptação live-action , e como já era esperado, veio acompanhado de mudanças e polêmicas. No entanto, deixando de lado os debates externos, vou tentar focar mais no filme em si.
Desde o início, nota-se que a produção busca atualizar a narrativa para os tempos atuais. A escolha da protagonista gerou estranhamento para alguns ( tanto que o filme muda o porquê do nome dela ser BRANCA DE NEVE), mas a atriz entrega uma performance sólida, delicada, e com uma sutileza. Destaca-se especialmente nos números musicais. Sua voz carrega emoção e é um dos pontos altos do longa.
Outro aspecto que sofreu mudanças significativas foi o papel do príncipe. Diferente da versão original, aqui ele tem uma participação mais relevante e consegue ter uma conexão profunda com a com a Branca de Neve, antes de simplesmente "salvá-la com um beijo", o que reflete uma abordagem moderna do enredo. Essa decisão pode dividir opiniões, mas funciona dentro da proposta do filme.
Já os sete anões foram reinventados como criaturas mágicas, o que pode parecer estranho no início, mas com o tempo conseguimos nos acostumar com as criaturas , e se justifica dentro da narrativa (eles são mais velhos, tem um medo dos seres humanos e tem certos poderes e encantos). Inclusive, as cenas com eles são algumas das mais envolventes, principalmente por resgatarem as duas canções icônicas do clássico animado, o que trás uma grande memória afetiva. Destaque para o Dunga, que é encantador.
Visualmente, o filme impressiona principalmente nos cenários da floresta. Os animais do filme, que tem uma grande relevância são lindos e encantadores. Os cenários são belíssimos e os figurinos, especialmente da Rainha Má, são deslumbrantes, (mas não podemos dizer o mesmo dos da Branca de Neve, a peruca usada incomoda diversas vezes, dando vontade de ir lá e arrumar). Mas voltando a rainha, a vilã se destaca não apenas pela estética imponente e um certo humor irônico mas também pela presença marcante, transmitindo toda sua obsessão pela beleza. Isso cria um contraste interessante com a Branca de Neve, cuja "verdadeira beleza" vai além da aparência física e se relaciona com sua bondade e empatia.
No geral, Branca de Neve (2025) é um filme agradável, com bons momentos musicais e um visual cativante. Apesar de algumas mudanças que podem parecer forçadas, a história consegue se sustentar e trazer uma experiência nostálgica e atualizada ao mesmo tempo. Para aqueles que assistirem sem expectativas muito altas, pode ser uma grata surpresa. NOTA: 🍎🍎🍎🍎🍏
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