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Banzeiro bom | de Diô Viana | Curadoria | de Paulo Vega Jr. | Referência Galeria de Arte


 

“Tem pataqueira, tem patchouliO famoso bogarimBaunilha cheirosaA famosa pripriocaBanzeiro de pororoca”

Banzeiro

 Dona Onete

 

Futuro, passado e presente atravessam a obra de Diô Viana. As paisagens, a fauna, a presença humana, os povos originários, a ancestralidade retida na memória se materializam na produção do artista.  São indícios de uma leitura contemporânea de um Brasil profundo na fronteira entre o passado idílico, o presente distópico e um futuro com muitas incertezas. “São leituras possíveis das obras do Diô Viana, que estão embebidas em imagens de sua terra natal, Santarém-PA, algumas delas fazem referência, por exemplo, ao encontro das águas dos rios Amazonas e Tapajós, enquanto outras remetem à pelagem de animais como a onça-pintada. Como passado, presente e futuro são inseparáveis, há tanto uma certa nostalgia quanto uma certa apreensão no que diz respeito às questões ambientais e demais fatores que as circundam”, afirma o curador da mostra, Paulo Vega Jr..

 

“Banzeiro bom” remete às ondas formadas nos rios amazônicos, especialmente no encontro das águas, do rio com o mar, como na pororoca. A mostra inédita que entra em cartaz na Referência ocupará as salas Principal e Acervo. Na primeira, serão expostas as obras com predominância cromática tanto de tonalidades frias quanto quentes. Na segunda, no piso inferior, entram as obras com predominância de tonalidades acromáticas.

 

Diô Viana afirma que sua produção vive na fronteira entre a gravura e a pintura, sendo que o suporte – papel ou tela – é quase uma mera consequência do processo para chegar ao resultado desejado. Em seus trabalhos, a coexistência de duas ou mais técnicas como forma de criar um único híbrido não chega a ser uma subversão em sua pesquisa de linguagem.

 

O entrelaçamento ou hibridização de linguagens e suportes artísticos na obra e na produção do artista se configura como parte de seu processo artístico e criativo. “Elas são etapas ou meios dos quais o artista se serve, a partir das características e peculiaridades próprias do desenho, da colagem, da gravura e da pintura, para atingir a imagem desejada”, afirma o curador da mostra Paulo Vega Jr.. “Não há uma hierarquia entre os meios, pois todos são utilizados em prol da obtenção de uma imagem única, na qual as linguagens e suportes artísticos se apoiam mutuamente para suportar o resultado final”, ressalta o curador.

 

“Nesse processo, pintura e gravura são almas gêmeas, se interligam e se conectam em um único elemento, se utilizam das mesmas ferramentas buscando no suporte, tela, metal ou madeira, a imagem desejada”.

Diô Viana

Artista visual

 

Essa abordagem pode ser vista como oriunda do seu processo de formação artística, do estudo de desenho, gravura e pintura no MAM-RJ e dos ateliês de gravura e pintura da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, à atuação profissional como assistente do Ateliê de Gravura do SESC Tijuca-RJ e professor de gravura no Ateliê de Gravura do MAM-RJ e impressor de gravuras para artistas como Fayga Ostrower, Marília Rodrigues, a Sociedade dos Amigos dos Museus Castro Maia, entre outros.

 

Sobre o artista

Diô Viana nasceu em Santarém, Pará. Estudou pintura, desenho e gravura no Museu de Arte Moderna -MAM, no Rio de Janeiro. Trabalhou como assistente do Ateliê̂ de Gravura do SESC - Tijuca, no Rio de Janeiro. Frequentou os ateliês de gravura e pintura da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro.

 

Diplomado em MDA – Métier D’Art em Gravura na École Supérieur Estienne em Paris, França. Foi professor de gravura no Ateliê de Gravura do Museu de Arte Moderna -MAM, no Rio de Janeiro, de 1993 a 1997. Trabalhou como impressor para Fayga Ostrower, Marília Rodrigues, Sociedade dos Amigos dos Museus Castro Maia, entre outros. Fez curadoria de exposições para a aliança Francesa de Brasília e para o Centro Cultural Brasil-México, na Cidade do México, entre elas "A Gravura Brasileira Contemporânea", no Museu de Arte de Ciudad Juárez, IAGO, Instituto de Artes Gráficas de Oaxaca e Fundación Sebastian na Cidade do México.

 

Recebeu o Prêmio de Gravura no Arte Pará e no Concurso de Gravura Orlando Dasilva, Primeiro Prêmio no 9º Salão do Desenho Brasileiro e Grande Prêmio de Pintura no Salon des Réalités Nouvelles, na França. Expôs individualmente no BACI - EUA, no Museu de Belas Artes do Rio de Janeiro – MNBA, Casa França-Brasil no Rio de Janeiro, Espaço Sérgio Porto no Rio de Janeiro, MAB – Museu de Arte de Brasília, Galeria Gravura Brasileira – SP, entre outros. Atualmente vive e trabalha entre o Brasil e a França. Em 2019, realizou a mostra “A paisagem da memória”, no Museu Nacional da República, Brasília, e, em 2022, “Margem Norte”, no Paço Imperial, Rio de Janeiro.

 

Sobre o curador

Artista, curador, pesquisador e professor, natural de Rio Grande/RS, Paulo Vega Jr. é licenciado em Educação Artística – Habilitação em Artes Plásticas pela Universidade de Caxias do Sul (2008), Mestre em Artes pela Universidade de Brasília (2013) e Doutor em Artes pela Universidade de Brasília (2018). Fez seu Estágio Doutoral na Universidade de Varsóvia, no Instituto de Estudos Ibéricos e Ibero-americanos. Pesquisador-membro do GEPPA – Grupo de Estudos e Pesquisas em Práticas Artísticas da Universidade de Brasília, seus principais temas de interesse são: Arte Conceitual – anos 1960/1970; Arte Contemporânea; Arte Neoconceitual/Pós-conceitual; Autobiografia; Conceitualismo Romântico; Cotidiano; Identidade; Memória; Relação Arte/Vida.

 

Referência 30 anos  

No dia 25 de novembro de 1995, Onice Moraes e José Rosildete de Oliveira inauguraram a Referência Galeria de Arte. Em sua primeira mostra, a galeria abriu ao público com uma exposição icônica que trouxe para Brasília uma exposição inédita de Amilcar de Castro. A essa, seguiram-se várias exposições importantes como individuais de Athos Bulcão, Carlos Vergara, Claudio Tozzi, e de jovens artistas que hoje são destaque na cena das artes. Em 2004, junta-se à sociedade Paulo Moraes de Oliveira, filho do casal, que passa a administrar e tomar parte nas decisões estratégicas da empresa.  Com 30 anos de atuação no mercado de arte, a Referência traz para o ambiente da galeria e para espaços institucionais artistas com trajetórias consolidadas, em meio de carreira e iniciantes, em especial de Brasília e do Centro-Oeste.

 

A galerista Onice Moraes ressalta a importância de apresentar e dar visibilidade aos artistas visuais e curadores da região central do Brasil e de outras regiões fora dos eixos hegemônicos do sistema da arte brasileiro como forma de oferecer ao artista a oportunidade de ter seus trabalhos adquiridos pelo público e pelas instituições.

 

“As coleções de arte, sejam de colecionadores iniciados ou de iniciantes, precisam incluir os artistas de sua região e de seu tempo. Arte é investimento, é decoração e, acima de tudo, é um registro da história e da reflexão sobre um momento específico dessa construção histórica”, diz Onice Moraes. “Um dos papéis do galerista é orientar a mirada dos colecionadores para esses artistas que produzem em sua vizinhança. Todos podem se beneficiar com a inclusão de artistas da região nas coleções privadas: as coleções ganham importância, ficam mais representativas e diversas”, afirma a galerista.

 

 

Serviço:

Banzeiro bom

De | Diô Viana

Colagens, desenhos, gravuras e pinturas

Curadoria | Paulo Vega Jr.

Abertura | 15/03, das 16h às 20h

Visitação | Até 26/04

                    De segunda a sexta, das 10h às 19h

                    Sábado, das 10h às 15h

Onde | Salas Principal e Acervo

              Referência Galeria de Arte

Entrada | Gratuita

Classificação indicativa | Livre para todos os públicos

Endereço | CLN 202 Bloco B Loja 11 Subsolo

                   Asa Norte – Brasília – DF

Telefone | +55 (61) 3963-3501

WhatsApp | +55 (61) 981 623-111

Facebook | @referenciagaleria

Instagram | @referenciagaleria

 


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