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A Herança da Escravidão ainda em 2024

Tiago Oliveira


No dia 20 de novembro, o Brasil celebra o Dia da Consciência Negra, (Zumbi dos Palmares).

A história do Brasil é profundamente marcada pela escravidão, um sistema cruel que perdurou por mais de 300 anos e que deixou cicatrizes indeléveis na sociedade.


Aproximadamente 4 milhões de africanos foram trazidos para o país como escravizados, uma

realidade que impacta diretamente a formação social, política e econômica do Brasil até os dias

de hoje.


Apesar da abolição formal da escravidão em 1888, as dificuldades enfrentadas pelos negros no

país nunca desapareceram completamente. A abolição não foi acompanhada de políticas

públicas que garantissem a integração dos ex-escravizados à sociedade.


Pelo contrário, as populações negras foram marginalizadas e empurradas para a periferia, tanto

geograficamente quanto socialmente, sem acesso igualitário à educação, saúde e trabalho.


Nos últimos anos, avanços importantes foram conquistados, como a criação da Lei de Cotas

(2012), que garante a inclusão de estudantes negros, pardos e indígenas nas universidades

públicas.


Além disso, políticas de ações afirmativas promoveram a presença negra no mercado de

trabalho e nas esferas políticas, embora ainda em número insuficiente.

A implementação de cotas raciais tem gerado debates sobre sua eficácia, mas é inegável que

representa um passo fundamental na prática de inclusão nos mais diversos setores da sociedade.


Embora o 20 de novembro seja uma data de reflexão sobre a história e as conquistas da

população negra, ele também é um convite à ação.


Não basta apenas lembrar das lutas passadas; é necessário trabalhar ativamente na mudança de

mentalidade e na eliminação das estruturas racistas que ainda dominam a sociedade brasileira.


Cada passo dado para a promoção da igualdade racial representa uma vitória para toda a

sociedade. Como disse Lélia Gonzalez.

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