5G Weekend deixa o futuro mais perto
Profissionais na área de Tecnologia, empreendedores e entusiastas da inovação experimentaram as possibilidades do futuro durante o 5G Weekend: Conecte-se com o Futuro. O evento organizado pela GIANT Inovação aproximou especialistas, empresas e pessoas dentro do universo da nova tecnologia.
Um dos idealizadores do 5G Weekend, Orlan Almeida, da Giant Inovação, fez um balanço no término do evento. “O 5G Weekend cumpriu com o seu propósito, que foi despertar a população quanto a chegada da nova tecnologia e as suas possibilidades. Além disso, foi muito gratificante usar nosso programa de treinamento, No Start, Just Up, que ensina times a pensar e construir soluções em tempo recorde, usando metodologias do mundo das startups. Seis meses em um final de semana. Foi realmente incrível”, celebrou.
Durante três dias, o 5G Weekend reuniu mais de mil pessoas no Biotic, Parque Tecnológico, em Brasília, e contou com a participação de 100 empresas, que puderam demonstrar as novas soluções, como foi o caso da Intelbras. O representante da empresa, Renan S. Antoniolli apresentou o CPE 5G GX 3000, um dispositivo que substitui o velho roteador wifi, sendo capaz de conectar, usando as redes 5G ou 4G, até 128 usuários ao mesmo tempo.
A nova tecnologia de conexão inova desde da estrutura, de como foi concebida, afinal como explicou Sérgio Bergson, conselheiro global da Oracle, “a rede é distribuída baseada em nuvem híbrida, o 5G não é uma rede de tamanho único como eram as outras redes”, ele ainda destacou que a rede do 5G “é elástica, e se adapta” dependendo do tipo de requisição do usuário.
A latência foi um outro tópico discutido durante as palestras do 5G Weekend, sendo 20 vezes menor, a nova tecnologia aproxima ainda mais pessoas e com um tempo de resposta entre as pontas da rede sendo mais veloz, isto favorece o surgimento e implantação de soluções nas cidades inteligentes, como o controle de trânsito ou o alerta de tempestades, e ainda na medicina, desde consultas a cirurgias remotas.
A Inteligência Artificial e o Metaverso também foram assuntos do fim de semana. Duas tecnologias já presentes na atualidade, mas que podem se tornar ainda mais comuns no cotidiano futuro.
Com relação ao Metaverso, Ronan Damasco, da Microsoft, entende que a novidade está sendo tratada como uma “modinha”, e deveria ir além das “festinhas ou joguinhos”. Para o especialista, o “metaverso é para criar experiências novas” e exemplificou uma possibilidade de uso para a solução: regiões em que a justiça não chega, o metaverso poderia criar conectar um juiz à região que apresenta tal demanda.
Ao espiar o futuro pela porta aberta pela GIANT Inovação, é possível ver um novo universo de possibilidades, com carros autônomos, salas de aula utilizando óculos de realidade virtual, além de viver em cidades inteligentes e contar com serviços mais precisos e rápidos.
O professor do IBMEC, Marcelo Minutti, no entanto, lembrou aos empreendedores, “cuidado para não criar serviços fantasmas”, afinal, como destacou o docente, o comportamento das pessoas para este futuro não é tão previsível, e “não se sabe como e quando as pessoas vão se adaptar as experiências imersivas”.
Implementação do 5G no Brasil
Dentro do cronograma proposto pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), as capitais são as primeiras a contar com o 5G. Atualmente, 21 cidades já estão com a faixa 3,5 GHz em operação. São elas: Brasília/DF, Belo Horizonte/MG, Curitiba/PR, Fortaleza/CE, Florianópolis/SC, Goiânia/GO, João Pessoa/PB, Natal/RN, Palmas/TO, Porto Alegre/RS, Recife/PE, Rio de Janeiro/RJ, Salvador/BA, São Paulo/SP e Vitória/ES Aracaju/SE, Boa Vista/RR, Campo Grande/MS, Cuiabá/MT, Maceió/AL, São Luís/MA e Teresina/PI.
E fica a pergunta: quando a tecnologia estará disponível em todo o país? Quem nos ajuda a responder é o CEO da NorthWave/Infovia Digital, Luiz Pereira, o especialista falou sobre o papel dos Provedores de Pequeno Porte (PPP), empresas responsáveis por 60% do mercado e por 15,2 milhões de acessos, de acordo com a Anatel.
Sobre o avanço do 5G no Brasil, Pereira disse: “Não tem uma previsão de quando todo o país terá o 5G, afinal é um conjunto de esforços necessários para ampliar a malha”. Durante a fala no evento, o especialista destacou o papel do investimento público para criar a infraestrutura necessária para conectar mais pessoas e revelou o maior desafio hoje no país: “avançar o próprio 4G”.
6G?
Mesmo dando os primeiros passos no mundo 5G, a curiosidade pelo futuro levanta a seguinte questão: o 6G já está em discussão? A resposta é sim!
De acordo com o professor da Universidade de Brasília, Marcelo Marotta, a próxima tecnologia já está em discussão, e o “conceito ainda está em desenvolvimento”. O docente ainda disse que o ciclo de vida de uma nova solução é de sete a dez anos, assim, daqui uma década, uma nova revolução poderá ser testemunhada.
Primeiro Hackathon 5G do país
Durante o fim de semana, aconteceu o primeiro hackathon nacional que convidou os participantes a propor soluções tendo o 5G como a tecnologia principal. No domingo, as equipes apresentaram as ideias aos jurados, e logo depois o grande vencedor foi revelado.
A equipe BONOH foi a grande vencedora da maratona de inovação. Desenvolvida para o mercado Pet, um setor bastante promissor, a solução proposta permite que os tutores possam alimentar os cães de forma remota, habilitando o horário de colocar a ração, além de monitorar a quantidade de água.
O time ainda apresentou um conceito novo batizado de o abraço virtual, que consiste em uma cama inteligente que captura o batimento cardíaco do tutor à distância e transmite para a cama, que aquece. Segundo estudos apresentados pela BONOH, os pets conseguem sincronizar o batimento cardíaco com o tutor e isso evita que o cão sofra de ansiedade, dessa forma, a inovação ajudaria a saúde dos pets que sofrem com a ausência temporária dos tutores.
O segundo lugar ficou com o time Mirai que criou um aplicativo para smartphones que faz o scan da embalagem dos produtos, indo além do rótulo, e informa ao consumidor se aquele produto tem açúcar ou não.
A equipe propôs a solução para auxiliar, em especial diabéticos, as pessoas na hora das compras, ainda segundo o time, muitos produtos podem afirmar não ter açúcar, mas o ingrediente aparece mesmo assim na composição de determinados alimentos.
Na terceira colocação ficou a equipe SFLUX com a proposta de uma câmera inteligente que controla os semáforos. O equipamento teria a capacidade de contar a quantidade de carros por via, alterando assim, o ciclo ativo do semáforo, e sendo capaz de comunicar com os outros equipamentos semafóricos e dessa forma, uma solução para melhorar o fluxo e o trânsito nas cidades.
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